No relatório dos resultados do primeiro semestre fiscal (até 30 de setembro), hoje divulgado e no qual a Ryanair reportou perdas de 48 milhões de euros, a companhia aérea disse estar a “analisar as vantagens de manter a cotação padrão” na Bolsa de Londres.
No ano passado, a Ryanair avançou que, a partir de janeiro deste ano, com a entrada em vigor do ‘Brexit’ (expressão que se refere à saída do Reino Unido da União Europeia, UE), iria restringir os direitos dos acionistas britânicos, para garantir que a maioria das ações da empresa esteja na UE.
Os regulamentos da UE estabelecem que mais de 50% das suas ações devem estar em posse de cidadãos da UE, como condição para poder operar em todo o território sob a política de "céu aberto".
A Ryanair, líder europeia no segmento de baixo custo, explicou que a possível saída da Bolsa de Valores de Londres seria "consistente" com a "tendência geral de negociação de ações comunitárias de empresas", após a saída do Reino Unido da UE.
“É potencialmente mais grave para a Ryanair, já que a proibição de cidadãos de fora da UE comprarem ações ordinárias da Ryanair foi estendida aos cidadãos do Reino Unido após o Brexit”, observou a companhia aérea.