“Tomámos conhecimento daqueles cartões de embarque falsos quando um pequeno número de passageiros que reservaram os seus voos através da Kiwi.com chegou ao portão de embarque sem os cartões de embarque oficiais da Ryanair na semana passada”, explicou, em comunicado, a diretora de marketing da companhia irlandesa, Dara Brady.
De acordo com a mesma nota, “é obrigatório que os passageiros concluam diretamente o processo de ‘check-in’ da Ryanair, para garantir que são informados de todos os protocolos regulamentares e de segurança exigidos durante a viagem. A Kiwi.com contorna estes regulamentos essenciais da aviação, emitindo os seus próprios cartões de embarque, que não são válidos nos voos da Ryanair”.
Desta forma, acrescentou, “a partir de hoje (18 de agosto), qualquer passageiro da Ryanair com um cartão de embarque emitido por Kiwi.com, lamentavelmente, terá o embarque recusado, pois não cumpriu os protocolos de segurança e proteção da Ryanair durante o ‘check-in’”.
A quem fez uma reserva através da Kiwi.com, a Ryanair pede que entre em contacto com a plataforma, no sentido de obter a referência de reserva da Ryanair e o endereço de e-mail, para que possa concluir o ‘check-in’ de acordo com o protocolo de proteção e segurança exigido pela União Europeia.
A companhia aérea de baixo custo (‘low-cost’) recomendou ainda aos clientes que reservem os voos diretamente na página de internet ou aplicação da Ryanair e que evitem fazer reservas através de terceiros, como a Kiwi.com, “que não têm autorização para vender voos da Ryanair ou emitir cartões de embarque”.
“No início do ano, a Ryanair introduziu o ‘Selo Verificado’ para proteger ainda mais os clientes contra estes agentes de viagens online que podem estar a cobrar a mais aos clientes, fornecendo dados incorretos do cliente e impedindo a Ryanair de lidar diretamente com os passageiros, fornecendo endereços de e-mail falsos”, apontou a companhia irlandesa.
Na República Checa, a Ryanair obteve mesmo uma ordem judicial a exigir que a Kiwi.com pare de substituir os endereços de e-mail dos clientes por outros falsos, ordem essa que, segundo a transportadora, não está a ser cumprida.