A linha de pobreza nacional para 2019 foi calculada em 6 480 euros anuais, 540 euros por mês, sendo o limiar do rendimento abaixo do qual se considera que uma família se encontra em risco de pobreza.
Este valor foi convencionado pela Comissão Europeia como sendo o correspondente a 60% da mediana do rendimento por adulto equivalente de cada país. No caso da Região, a aplicação desta definição implica que o limiar de pobreza regional se cifre nos 5 427 euros. Os limiares de pobreza regionais refletem o facto de não existir homogeneidade no país, mais concretamente as diferentes condições socioeconómicas, nomeadamente, os diferentes níveis de custo de vida.
A taxa de risco de pobreza, que corresponde à proporção da população cujo rendimento equivalente se encontra abaixo da linha de pobreza, calculada com a linha de pobreza nacional foi de 16,2% no país, sendo que na Madeira atinge 26,3%, menos 1,5 pontos percentuais que em 2018.
Por regiões NUTS II, o valor mais baixo foi registado em Lisboa (11,1%) e o mais elevado nos Açores (28,5%).
A taxa de risco de pobreza calculada com base nas linhas de pobreza regionais – 5.427 euros no caso da Madeira, como atrás referido – fixou-se em 17,3%, recuando 2,4 pontos percentuais face a 2018. Neste indicador, o Alentejo registou o valor mais baixo (14,7%), enquanto os Açores (20,4%) surge como a região com a percentagem mais elevada.
Na leitura destes dados, deverá ser tido em conta que face à metodologia do inquérito, no que respeita a fontes de rendimento, são excluídas salários em géneros, autoconsumo, autoabastecimento e autolocação (rendimento não monetário).
Estas componentes, conforme demonstra o último Inquérito às Despesas das Famílias, têm uma importância particularmente significativa na Madeira, tendo contribuído para diminuir a taxa de pobreza em 6,2 p.p. no ano de 2014