Das 15 cotadas que integram o índice de referência da bolsa de Lisboa, 12 caíram e três subiram.
A Galp liderou as perdas, ao recuar 6,34% para 11,74 euros por ação, seguida pelo BCP, que cedeu 4,08% para 0,16 euros.
Destaque ainda para as perdas dos CTT, que caíram 3,22%, da Mota-Engil, que recuou 3,16% e da Corticeira Amorim (-1,95%), Jerónimo Martins (-1,70%) e EDP Renováveis (-1,65%).
Em contra-ciclo a Greenvolt subiu 2,70% para 6,28 euros, a Semapa 1,29% para 14,10 euros e a REN 0,37% para 2,74 euros.
A maré vermelha foi transversal às principais bolsas europeias, com a bolsa de Milão a cair 3,32%, Frankfurt 3,31%, Paris 2,39%, Madrid 1,18% e Londres 3,14%.
Os mercados estão a reagir às decisões dos bancos centrais, já que na quarta-feira, a Fed decidiu subir a taxa de juro de referência em 75 pontos base, o terceiro aumento desde março e o maior desde 1994.
A decisão foi anunciada em comunicado após uma reunião de dois dias do comité de política monetária do banco central norte-americano e a taxa dos fundos federais fica agora entre 1,50% e 1,75%.
O banco central norte-americano reafirmou a intenção de travar a escalada da inflação para que possa regressar à meta de 2%.
No mesmo dia, o Banco Central Europeu (BCE) prometeu "flexibilidade" na política monetária para acalmar a tensão no mercado de dívida, após uma reunião de emergência do Conselho de Governadores.
A instituição "vai aplicar alguma flexibilidade no reinvestimento" das obrigações adquiridas no âmbito do programa de emergência lançado durante a pandemia (PEPP), anunciou o BCE no final da reunião, na quarta-feira, realizada por videoconferência.
O BCE vai também "acelerar" o projeto de um novo instrumento "anti-fragmentação" para impedir uma divergência acentuada entre as taxas de juro dos países do Norte e os do Sul na zona euro.
Com estas medidas, o BCE pretende afastar a ameaça de uma nova crise das dívidas soberanas que comprometa a sua política de luta contra a inflação.
Já hoje o Banco da Inglaterra aumentou a taxa de juro de referência no Reino Unido de 1% para 1,25%, o nível mais alto em 13 anos, para combater o aumento da inflação.
Também o Banco Nacional da Suíça aumentou a sua taxa de juro em meio ponto percentual para -0,25%, o que acontece pela primeira vez em 15 anos, visando combater a subida da inflação e a apreciação drástica do franco suíço.
Lusa