De acordo com a informação divulgada esta quinta-feira, a Colômbia produziu 972 toneladas de cocaína em 2021, uma redução de 2,2% face às 994 toneladas estimadas em 2020. Já a área de cultivo diminuiu de 245 mil hectares para 234 mil hectares (menos 4,5%).
Esta é a primeira vez desde 2018 que a Colômbia reduz a produção anual daquela droga, segundo os dados do departamento da Casa Branca.
No Peru a produção diminuiu 3,6% em 2021, para 814 toneladas, algo que não acontecia desde 2015, enquanto a extensão dos campos utilizados para a produção da planta recuou de 88,2 mil hectares para 84,4 mil hectares.
Já na Bolívia os dados apontam para uma estabilidade dos números: a produção de 2021 foi de 317 toneladas, ligeiramente acima das 312 toneladas de 2020, enquanto a área de cultivo avançou dos 39,4 mil para os 39,7 mil hectares.
Citada pela EFE, a Casa Branca assegurou que “a Colômbia continua a ser um aliado próximo dos Estados Unidos na redução e substituição das plantações de cocaína” e felicitou o governo colombiano por ter erradicado mais de 103 mil hectares, embora sublinhe que os números de produção “continuam elevados”.
Relativamente ao Peru, o departamento salientou o compromisso do governo daquele país com a "redução das plantações de coca e da produção de cocaína”, instando as autoridades a retomar os níveis de erradicação que se registavam antes da pandemia de covid-19.
Sobre a Bolívia, é salientado que os dados “permaneceram estáveis” em 2021, e deixado um apelo ao governo para “continuar os seus esforços” no sentido de reduzir a área de cultivo e a produção da droga.
“Os elevados níveis de produção de cocaína na América do Sul representam um desafio de segurança para os países andinos e uma ameaça à saúde pública os Estados Unidos”, refere o departamento da Casa Branca.
Dados oficiais indicam que, em 2021, morreram nos Estados Unidos 24.618 pessoas por ‘overdose’ de cocaína, o que representou uma subida de 23,5% face a 2020.