Em 2020, o mercado nacional apresentou uma forte quebra quer nas quantidades (-56,0%), quer em valor (-53,8%), influenciado pelo decréscimo verificado nas vendas feitas na Região, que cairam -62,4% em quantidade e -55,6% em valor. Seguindo a mesma tendência, as vendas efetuadas para o Continente apresentaram decréscimos em quantidade (-28,4%) e valor (-47,2%).
O mercado extracomunitário registou igualmente uma redução nas quantidades vendidas (-18,4%) e em valor (-21,3%), o mesmo acontecendo no mercado intracomunitário, em que tanto as quantidades vendidas (-3,7%) como as receitas de primeira venda (-2,3%) também recuaram.
Desagregando por país, no mercado intracomunitário, a França voltou a afirmar-se como principal mercado, observando-se acréscimos face a 2019, de 2,1% nas quantidades e de 7,5% no valor.
Em contraponto, há a assinalar as quebras verificadas no mercado holandês, que registou o maior decréscimo tanto nas quantidades (-35,4%) como em valor (-23,8%).
No mercado extracomunitário, destaque para o comportamento das quantidades vendidas para a Suíça, com um crescimento de 21,5%, o que se refletiu num aumento em valor de 20,5%.
Os Estados Unidos, principal mercado extra-UE de vinho “Madeira”, reduziram as importações deste produto, em volume (-30,8%), e em valor (-41,4%).
Do total comercializado, 70,0% correspondeu a vinho engarrafado, vendido em média a 6,80 euros/litro (7,02 euros/litro em 2019). O restante vinho foi vendido a granel a um preço médio de 2,67 euros/litro (sem alteração face a 2019).
Por referência à série disponível na DREM sobre esta temática, que tem início em 1976, a quantidade comercializada em 2020 foi a mais reduzida desde aquele ano, enquanto o valor de primeira venda, sem descontar a inflação, constituiu-se como a mais baixa dos últimos 11 anos.