Neste crescimento, o estudo da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) destaca os hotéis de duas estrelas, que subiram 11 p.p. em novembro do ano passado, face ao mesmo período de 2016, com destaque para os destinos Alentejo (mais 14,5 p.p.), Viseu (mais 9,9 p.p.) e Oeste (mais 7,8 p.p.). Madeira (81%), Lisboa (75%) e Grande Porto (66%) registaram a ocupação mais elevada.
O ARR (preço médio por quarto ocupado) fixou-se nos 74 euros, o que se traduz num crescimento de 8% face ao período homólogo. Os destinos turísticos Beiras (mais 15%), Lisboa (mais 11%) e Grande Porto (mais 9%) "registaram os maiores crescimentos neste indicador", enquanto por categorias, destacaram-se as unidades cinco estrelas, ao registaram uma subida de 11%.
O RevPAR (Preço médio por quarto disponível) "registou um crescimento expressivo de 15%", face ao período homólogo de 2016, fixando-se nos 45 euros, com os destinos turísticos Lisboa, Madeira e Grande Porto a conseguirem os valores mais elevados.
Já a estada média fixou-se nos 1,90 dias a nível nacional, menos 1% do que em igual período do ano anterior.
"Dos 13 destinos turísticos analisados pelo Hotel Monitor, neste mês de novembro, seis registaram um crescimento neste indicador: Leiria/Fátima/Templários (mais 8%), Minho (mais 5%), Alentejo (mais 4%), Lisboa e Algarve (mais 3%) e Grande Porto (1%)", refere a AHP.
“Como se esperava, o mês de novembro confirma a excelente ‘performance’ da hotelaria nacional em 2017. No entanto temos de continuar a trabalhar, sobretudo para conseguirmos inverter o ciclo da estada média, estamos a cair há quatro meses consecutivos, e continuarmos a posicionarmo-nos em preço. Este mês de novembro mostra-nos um crescimento de todos os indicadores, à exceção da já referida estada média, mas a questão da sazonalidade em muitos destinos ainda é uma preocupação, pois se olharmos para o mês de outubro, a nível nacional, tivemos uma taxa de ocupação a rondar os 80% e em novembro ficámos nos 61%", refere a presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, no comunicado.
A responsável sublinha ainda "o crescimento extraordinário das duas estrelas sobretudo em taxa de ocupação (mais 11 p.p.)" em novembro, que "consequentemente levou ao crescimento do RevPAR (mais 28%)".
No que se refere aos destinos do Hotel Monitor, Cristina Siza Vieira realça "o acentuado crescimento homólogo" da taxa de ocupação e do RevPar no Alentejo (mais 14,5 p.p. e 48%, respetivamente), que é "um sinal muito relevante: não apenas se conseguiu recuperar a quebra que se tinha verificado em 2016, como se ultrapassou largamente todos os valores até à data registados nesse mês.”
LUSA