"Entre 1999 e 2019 houve uma redução muito grande no número de explorações (90,7% no Continente e 52,5% nos Açores)", lê-se no documento hoje divulgado, que esteve em discussão no dia 12 de janeiro, entre o Ministério da Agricultura e a Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar (PARCA).
No Continente, contabilizou-se uma perda, de 27.426 explorações para 2.550 em 2019, enquanto nos Açores o número passou de 5.119 explorações para 2.428.
Já entre 2009 e 2019, o efetivo leiteiro diminuiu 11,8%, impulsionado por um recuo de 19,3% no Continente, onde se verificaram menos 185.645 animais para 149.727.
Contudo, no período em análise, os Açores tiveram um aumento de 92.381 animais, somando 95.385 em 2019.
"Analisando o efetivo por classes de número de animais, verificou-se um decréscimo acentuado na classe até 30 animais, tanto no Continente como nos Açores, e um forte aumento na classe acima de 100 animais, tanto no Continente como nos Açores. Na classe intermédia, no Continente houve também um decréscimo acentuado, mas moderado nos Açores", apontou a subcomissão específica dedicada ao leite e produtos lácteos.
Por sua vez, a dimensão das explorações "alterou-se significativamente", com um decréscimo de 55,8% nas explorações de menor dimensão, ou seja, com até 30 animais, e um aumento de 46% nas explorações de maior dimensão (acima de 100 animais).
As entregas de leite cru em Portugal, por seu turno, tiveram um crescimento entre 2013 e 2015, seguidas de um retrocesso em 2016.
Após esta quebra passou a haver uma tendência de aumentos anuais de cerca de 1%.
No caso do Continente, observaram-se quebras de 6% em 2016 e 1% em 2019, enquanto nos Açores houve uma perda de 1% em 2016 e um aumento homólogo de 4% em 2018.