“Apenas 30% dos cargos de gestão das empresas em Portugal são ocupados por mulheres, uma percentagem que desce para os 27% quando considerados os cargos de liderança”, disse a consultora, dando conta dos dados da 14.ª edição do estudo ‘Presença Feminina nas Empresas em Portugal’, “que mostra também que esta situação regista uma evolução de um ponto percentual em cada um dos casos desde 2017”, lê-se no documento, hoje divulgado.
O estudo apontou que “a presença feminina nas empresas diminui à medida que a responsabilidade dos cargos aumenta”, realçando que “as mulheres representam 48% da população ativa em Portugal, mas nas empresas, a percentagem de emprego feminino é de 42%”.
Analisando cargos de topo, a “presença feminina é muito inferior à masculina”, sendo que “nas funções de direção geral, 17% são exercidas por mulheres e apenas 16,4% dos lugares nos conselhos de administração é ocupado por mulheres”.
Segundo a Informa D&B, “a presença feminina em cargos de decisão diminui também com a dimensão das empresas”, destacando que “entre as grandes empresas, 19% dos cargos de gestão são desempenhados por mulheres, uma percentagem que é de 20% nas médias empresas, de 23% nas pequenas empresas e de 30% nas microempresas”.
Por outro lado, “nas empresas cotadas e no setor empresarial do Estado a evolução da representatividade das mulheres em cargos de gestão é relativamente mais rápida”, visto que “estão sujeitas à lei que estabelece, desde 2017, o regime da representação equilibrada”.
Segundo o estudo, “nas empresas cotadas, a presença de mulheres nos cargos de gestão evoluiu 15 pontos percentuais, de 12,2% em 2017 para 27,3% em 2023”, sendo que “em 2023 havia ainda 20% de empresas cotadas sem qualquer mulher nos seus cargos de gestão”.
Já nas 279 empresas do setor empresarial do Estado, “82% das equipas de gestão eram mistas em 2023, um registo 11 pontos percentuais superior ao de 2017”, indicou.
A Informa D&B deu ainda conta de que “o setor dos serviços gerais é o que regista maior percentagem de mulheres em cargos de gestão (43%)”, seguindo-se retalho e alojamento e restauração com 33%, e atividades imobiliárias e serviços empresariais com 31%.
“Os setores com menor percentagem de mulheres em cargos de gestão são as tecnologias e informação e comunicação, energias e ambiente e construção, todos com apenas 18%”, rematou.
Lusa