"Para o ano que vem é evidente que a injeção de muitos fundos comunitários tem efeito em tudo, no Produto Interno Bruto (PIB), no emprego e, por outro lado, dá um fôlego no défice. Em 2023 o mesmo, mais ou menos. O grande teste vai ser a partir de 2024, como é que nós aterramos", disse Marcelo Rebelo de Sousa.
"Vamos aterrar suavemente para voltar para os 2,5% em 2025 e 2026, ou ficamos um bocadinho acima disso, aproveitando melhor os fundos europeus e tendo a economia já a ir mais longe. Essa é a grande interrogação. Vamos esperar por essa altura. Até lá, é isto. A subir para 2022, a manter um nível próximo em 2023 e depois a aterrar a partir de 2024", reforçou.
Segundo o Presidente da República, que falava aos jornalistas à margem da inauguração das Oficinas de Criatividade Himalaya, criadas na antiga escola secundária de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, num investimento de cerca de 1,8 milhões de euros, a CE "tem previsões para este ano que são menos favoráveis que as previsões oficiais portuguesas e, para o ano que vem, mais favoráveis que as previsões oficiais portuguesas".
"Embora em alguns casos sejam diferenças pequenas e seja maior a diferença quando comparada com a média europeia. Penso que estamos todos a falar, mais ou menos, no mesmo, que é, este ano, o crescimento andar à volta dos 4% e, para o ano, francamente mais com a injeção dos fundos comunitários e, provavelmente, para 2023 o mesmo", referiu.
Em relação ao défice, adiantou que "os cálculos são muito aproximados" e que o "desemprego nunca ultrapassa uma barreira que é muito contida".
"Esse é um grande desafio. Saber, com o fim do ‘lay-off’, com o reinício de atividades como, por exemplo, a hotelaria, a restauração, o comércio e serviços se, de facto, aí, a transição se dá ao nível do desemprego que é previsto", afirmou.