Com uma pontuação de 55%, a Madeira surge mais perto do extremo ‘moderadamente secreto’, correspondente ao intervalo 31-40%, do que do ‘excecionalmente secreto’ (91-100%), segundo o site daquela ONG, que dedica uma página inteira ao arquipélago.
Na ficha relativa aos serviços financeiros ‘offshore’ da Madeira, menciona-se que o peso desta é inferior a um por cento do mercado global destes serviços, o que a torna um “operador pequeno”.
A TJN adiantou que a sua informação é baseada em várias fontes de informação – notícias, legislação, regulação, relatórios – disponíveis em 30 de setembro último.
Dos 20 indicadores usados para construir o índice, a Madeira tem as piores classificações em itens relacionados com a transparência legal relativa à entidade em causa – propriedade, contas e taxa de imposto paga – e com o registo de propriedade, designadamente limitada cooperação internacional e posse de outros ativos.
O Índice de Segredo Financeiro ordena jurisdições segundo o grau do seu segredo e a escala das suas atividades ‘offshore’.
A TJN estima que uma quantia entre 21 biliões (milhão de milhões) e 32 biliões de dólares (17 biliões a 26 biliões de euros) de ativos financeiros privados está escondida em jurisdições secretas, expressão que à de paraísos fiscais.
Esta ONG apontou que quantia de dinheiro que circula anualmente desta forma encapotada está algures no intervalo entre um bilião e 1,6 biliões de dólares. Por comparação, a ajuda externa dos EUA fica-se pelos 135 mil milhões de dólares.
Portugal é apontado expressamente como um dos perdedores com este fenómeno. Nas palavras da TJN: “Os países ricos também sofrem. Por exemplo, países europeus, como Grécia, Itália e Portugal foram postos de joelhos, em parte por décadas de evasão fiscal e pilhagem de recursos estatais, devido ao segredo dos ‘offshores’”.
A informação está disponibilizada no sítio da organização na Internet, em https://www.financialsecrecyindex.com/.
LUSA