O Governo Regional da Madeira realçou ontem que é fundamental a região autónoma dispor de cartazes turísticos "fortes" ao longo de todo o ano, para atrair cada vez mais visitantes e evitar que a sazonalidade seja um problema.
"Estamos com uma taxa de ocupação hoteleira de cerca de 89%, o que significa que este é um cartaz que está a cumprir a sua função", afirmou o secretário regional da Economia, Turismo e Cultura, no decurso de um desfile histórico e etnográfico integrado na Festa do Vinho, evento que começou no dia 27 de agosto e decorre até 10 de setembro.
O governante vincou que é importante a Madeira ter ao longo do ano "cartazes fortes, eventos fortes e conteúdos fortes" para atrair turistas e para que a sazonalidade não seja um problema na região.
"Hoje é fácil ver o contributo que deixam o Carnaval, a Festa da Flor, o Festival do Atlântico, as Festas do Fim do Ano", disse Eduardo Jesus.
O cortejo etnográfico e histórico da Festa do Vinho, que se realiza pelo segundo ano consecutivo, contou com 600 figurantes e percorreu as avenidas marginais do Funchal, onde se concentram milhares de pessoas para assistir.
"Este cortejo resulta de um trabalho muito coeso entre a Direção Regional do Turismo e a Direção Regional da Cultura para que os aspetos da história e da etnografia estejam aqui representados com rigor", esclareceu Eduardo Jesus, sublinhando que, além da representação histórica, esta é sobretudo uma homenagem ao vinho e aos agricultores.
O governante vincou ainda que o vinho é um produto "muito específico" da Madeira, pelo que o objetivo é "reforçar o cartaz".
Este ano, o executivo regional investiu 270 mil euros na Festa do Vinho, mas espera um retorno muito superior em consequência da taxa de ocupação hoteleira.
Por outro lado, as festividades são distribuídas por três semanas e decorrem iniciativas em simultâneo em quatro concelhos dos 11 que compõem a região autónoma – Funchal, Câmara de Lobos e Ribeira Brava e Machico.
Segundo o Governo Regional, a produção de uvas na Região Demarcada da Madeira em 2017 deverá atingir as 4.000 toneladas, um aumento de 15% relativamente a 2016 (3.514 toneladas), devido às boas condições atmosféricas que o arquipélago tem vivido, favoráveis à viticultura.
Em 2016, a comercialização de vinho da Madeira foi de 3.169.834 litros (menos 160.161 litros do que em 2015) tendo gerado uma receita de 17.688.588,45 euros (menos 310.731,05 euros do que no ano anterior).
LUSA