A renda mediana de novos contratos de arrendamento aumentou 7,4% no terceiro trimestre, inferior face ao de 11,5% do trimestre anterior, enquanto o número de novos contratos registou uma redução de 4,2%, divulgou hoje o INE.
De acordo com as Estatísticas de Rendas da Habitação ao nível local do Instituto Nacional de Estatística (INE), com dados provisórios, no terceiro trimestre de 2021, “a renda mediana dos 22.305 novos contratos de arrendamento em Portugal atingiu os 6,08 euros por metro quadrados”, valor que “representa uma variação homóloga de +7,4% no país, inferior à observada no trimestre anterior (+11,5%)”.
Relativamente ao segundo trimestre de 2021, a renda mediana do segundo trimestre aumentou 0,8%.
A renda mediana aumentou em 22 das 25 sub-regiões NUTS III, salientando-se com os maiores crescimentos homólogos a sub-região Alentejo Litoral (+16,6%), Beiras e Serra da Estrela (+16,4%) e Beira Baixa (+10,1%).
As rendas mais elevadas registaram-se na Área Metropolitana de Lisboa (9,04 €/m2), Algarve (6,78 €/m2), Área Metropolitana do Porto (6,65 €/m2) e Região Autónoma da Madeira (6,28 €/m2).
Já o menor valor das rendas de novos contratos de arrendamento registou-se em Terras de Trás-os-Montes (2,64 €/m2) e no Alto Alentejo (3,02 €/m2).
No terceiro trimestre deste ano, apenas quatro sub-regiões NUTS III registaram um aumento do número de novos contratos de arrendamento face ao período homólogo: Douro (+10,7%), Ave (+6,1%), Alentejo Litoral (+3,0%) e Área Metropolitana do Porto (+2,7%).
O INE nota que, entre julho e setembro, tal como no trimestre anterior, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com exceção de Santa Maria da Feira e Gondomar, registaram rendas medianas superiores à nacional, mas “variações homólogas diferenciadas”.
Com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados e aumento homólogo nos valores de rendas destacaram-se os municípios de Lisboa (11,44 €/m2 e +0,1%), Oeiras (10,38 €/m2 e +1,5%) e Porto (9,03 €/m2 e +3,7%).
Seixal (7,29 €/m2 e +11,6%), Vila Nova de Gaia (7,04 €/m2 e +10,7%) e Setúbal (6,86 €/m2 e +7,7%) destacaram-se por apresentar valores de arrendamento e taxas de crescimento homólogo superiores ao país.
Para além dos municípios das áreas metropolitanas, apenas o Funchal (7,14 €/m2) e Coimbra (6,86 €/m2) apresentaram rendas medianas superiores à nacional.