Em declarações à Lusa, o coordenador do projeto europeu FiiHUB, no qual se insere a FIWARE Camp Madeira, explicou que o objetivo é “promover as tecnologias ‘fiware’, que são um conjunto de componentes ‘software’ gratuitos, de código aberto e permitem acelerar a digitalização, seja de empresas, seja administração pública”.
David Aveiro realçou que estas tecnologias se centram na “recolha e processamento de dados, através de vários sensores, e permitem construir serviços sobre os mesmos e disponibilizar informação de forma resumida, compilada e centralizada”.
“Podem aplicar-se, por exemplo, na gestão do tráfego, dos estacionamentos, ver como está a evoluir a poluição”, referiu.
Hoje e quinta-feira, a Madeira acolhe a FIWARE Camp, no Colégio dos Jesuítas, no Funchal, com um conjunto de sessões destinadas aos técnicos e às empresas da Macaronésia (Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde), que queiram conhecer a utilidade destas tecnologias.
O objetivo é que “estes componentes estão disponíveis de forma gratuita e aberta para as empresas e as administrações públicas possam beneficiar destas tecnologias”.
Serão também organizados ‘workshops’ para “que os informáticos das empresas possam pôr as mãos na massa”, destacou o coordenador do projeto.
O secretário regional da Educação, Jorge Carvalho, presente na abertura da FIWARE Camp, afirmou que a Madeira tem mercado para projetos deste género, argumentando que a região “tem vindo a posicionar-se de forma muito afirmativa nesse contexto”.
“E recordo que a transição digital que está a ocorrer ao nível do sistema educativo é também já a afirmação de que a Madeira pode efetivamente assumir-se como uma plataforma digital no Atlântico”, defendeu o governante.
Jorge Carvalho recordou ainda que “a Madeira será a primeira região 5G”, considerando que “aí está mais um indicador de que efetivamente todas as plataformas digitais que possam suportar os negócios são, sem dúvida alguma, algo muito importante para as empresas e que deve ser explorado e assimilado pelas mesmas como fator de competitividade”.
O FiiHUB teve início em 2020, estando o seu fim previsto para o final deste ano, e representa um investimento de 100.000 euros, 85% dos quais financiados por fundos europeus.