A Páscoa fez crescer a atividade hoteleira em Portugal, com o número de hóspedes a subir 11,6% para 1,5 milhões e o de dormidas 10,3% para quatro milhões em março, na comparação homóloga, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O aumento nos hóspedes em fevereiro tinha sido de 6,5% e nas dormidas de 6,2%, segundo o INE, que registou uma variação positiva no primeiro trimestre deste ano de 7,7% nos hóspedes e de 7,6% nas dormidas.
As dormidas nos hotéis, que significam 71,9% do total, apresentaram uma subida de 11,1% em março, destacando-se, à semelhança dos meses anteriores, a evolução das unidades de três estrelas (14,5%).
Nos alojamentos turísticos, a subida foi de 22,7%, nos apartamentos turísticos de 13,8% e nas pousadas de 12,8%.
Nas estatísticas de março, acelerou a subida nas dormidas de nacionais, registando-se um crescimento de 16,3% contra 7,9% em fevereiro, traduzindo-se em 1,1 milhões de dormidas, “resultado influenciado pelo efeito de calendário do período da Páscoa, com impacto no final do mês”.
Em termos de mercados externos, a subida foi de 8,2% (5,5% em fevereiro) para 2,9 milhões de dormidas.
No trimestre, as dormidas subiram 10,5% quanto a residentes e 6,4% no caso dos não residentes.
O INE notou que o mercado espanhol (12,7% do total), “tradicionalmente sensível ao ‘efeito Páscoa’” apresentou um crescimento expressivo de 75,1%, enquanto no primeiro trimestre cresceu 30%.
O mercado britânico (18% das dormidas de não residentes) recuou 5,6% em março, mantendo a tendência dos últimos meses, registando no primeiro trimestre de 2018 uma diminuição de 5,9%.
As dormidas de hóspedes alemães (16,4% do total) apresentaram uma ligeira redução em março (-0,2%), mas desde o início do ano cresceu 1,3%.
Quanto a França (8,1% do total de dormidas), registou-se um aumento de 11,8% em março, um valor superior ao verificado no primeiro trimestre do ano (+11,3%).
As dormidas de hóspedes dos Países Baixos (5% do total) recuaram 17,1% em março. Nos primeiros três meses do ano, este mercado tinha diminuído 11,7%, “dando continuidade às reduções verificadas desde o segundo trimestre de 2017”.
Em março, o INE assinalou ainda os crescimentos nos mercados norte-americano (+17,7%) e italiano (+10,9%). No primeiro trimestre do ano, para além de Espanha, destacaram-se a Suécia (22,8%), os EUA (22,3%) e o Brasil (16,3%).
Por regiões, com exceção da Madeira (-2,8%), todas cresceram em termos de dormidas, com destaque para o Alentejo (+29,9%), Norte (18,9%) e Centro (+17,4%).
As dormidas do mercado interno aumentaram em todas as regiões, com realce para o Algarve (40%), Alentejo (30,8%) e Centro (18,1%), enquanto nas dormidas de não residentes houve aumentos mais expressivos no Alentejo (28,5%), Norte (24,2%) e Centro (16,4%).
A estada média de 2,64 noites reduziu-se 1,1% devido aos não residentes (-3,2%), já que a estada média dos residentes aumentou 4,7%.
O INE assinalou ainda o aumento da taxa líquida de ocupação-cama (43,0%) em 2,8 pontos percentuais em março (+1,7 p.p. em fevereiro) e que os proveitos totais atingiram os 220,5 milhões de euros (+17,5%) e os de aposento 157,2 milhões de euros (+21,1%), acelerando face a fevereiro (+10,9% e 11,5%, respetivamente).
Nos aumentos de proveitos, em março, destacaram-se as regiões Norte, Alentejo e Centro.
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi 37,3 euros em março, o que se traduziu num aumento de 16,8% (+8,4% em fevereiro), com os valores mais altos a serem encontrados na zona de Lisboa (64,2 euros) e na Madeira (51,3 euros).
Por tipologia, o maior aumento do RevPar foi nas pousadas (+32,1%).
LUSA