A associação de lesados do Banif Alboa inicia este fim-de-semana várias reuniões pelo país para alertar os associados que têm de apresentar reclamações junto da Ordem dos Advogados para eventualmente aderirem a solução que os indeminize.
Segundo informou hoje a associação em comunicado, a primeira reunião acontece este domingo (28 de abril) em Lisboa, às 17:00, no hotel Sana Executive.
Já na segunda-feira (29 de abril) há reunião em Estarreja, às 21:00, na Junta de Freguesia de Salreu e no dia seguinte, 30 de abril, é a vez de sessão de esclarecimento na zona do Porto, em Leça da Palmeira, no Trip Porto Hotel Expo às 20:00.
Haverá ainda regiões na Madeira e nos Açores.
No Funchal é em 07 de maio, no Instituto de Emprego da Madeira às 14:00, e em Ponta Delgada em 10 de maio, no Salão Paroquial de Vila Franca do Campo às 20:00 (hora dos Açores).
Haverá ainda um fórum que reunirá os advogados que estão com estes processos dia 29 de abril às 10:00 em Lisboa, no Hotel Barcelona.
Os lesados do Banif e das sucursais exteriores do BES (sobretudo emigrantes da Venezuela, África do Sul e Costa Leste dos Estados Unidos) e do Banque Privée (pertencia ao BES) têm até 23 de maio para apresentarem reclamações às comissões de peritos da Ordem dos Advogados e serem eventualmente incluídos numa solução que compense pelas perdas em investimentos.
Em causa estão cerca de 3.500 lesados (cerca de 2.000 a 3.000 do Banif e mais 500 relacionados com o BES) que perderam um valor aproximado de 410 milhões de euros em investimentos em títulos de dívida no BES e Banif.
O objetivo é que, depois desta fase de avaliação das reclamações pelas comissões de peritos seja constituído um fundo de recuperação de créditos e que os lesados elegíveis pelas comissões de peritos sejam indemnizados.
Este fundo deverá ser constituído à luz do que existe para os lesados do papel comercial vendido pelo BES, que beneficia de garantia de Estado e em que cada lesado recebe até 75% do montante investido.
Podem apresentar reclamações todos os clientes abrangidos pelas condições, sejam ou não associados de associações de lesados.
O regulamento das reclamações (que podem ser feitas em suporte informático ou em papel) está disponível no ‘site’ da Ordem dos Advogados (www.oa.pt), assim como um formulário que facilita a apresentação da reclamação, ainda que cada lesado possa ter a ajuda de um advogado.
Cada lesado tem de pagar um encargo de 30,75 euros por processo.
C/ LUSA