Em 2020, o operador de rede de distribuição (ORD) com o maior número médio de interrupções foi a Tagusgás, com uma média de 75,2 interrupções por 1.000 clientes, “devido especialmente a dois incidentes na rede não controláveis pelo ORD”, observou o regulador da energia.
“Estes incidentes, com consequências de dimensão excecional, foram causados por terceiros (máquinas escavadoras que danificaram a rede de gás) e afetaram 1.270 clientes no concelho de Tomar e 1.777 clientes no concelho de Almeirim”, explicou a entidade.
Seguiram-se a Medigás (média de 42 interrupções por 1.000 clientes), a REN Portgás (10,8), a Lisboagás (7,6), a Duriensegás (3,2), a Dianagás (2,4), a Lusitaniagás (1,9), a Setgás (1,8), a Beiragás (0,2) e, por fim, a Paxgás e a Sonorgás, ambas sem registo de qualquer interrupção em 2020.
De acordo com os dados da ERSE, a duração média das interrupções por cliente, a nível nacional, foi de 1,8 minutos/cliente, à semelhança da tendência dos anos anteriores.
Já a duração média das interrupções verificadas nos clientes interrompidos, em 2020, foi, a nível nacional, de 215 minutos.
No ano passado, “os padrões estabelecidos para os indicadores de continuidade serviço foram cumpridos por todos os operadores de redes de distribuição (ORD)”, indicou o regulador, acrescentando que “os requisitos de pressão e das características do gás foram também cumpridos por todos os ORD”.
Portugal importa 100% do gás que consome, que chega ao país por gasodutos (Campo Maior ou Valença do Minho) ou por via marítima (Sines) e é armazenado em instalações próprias (Carriço e Sines) que abastecem a rede de transporte, chegando aos consumidores através das redes de distribuição.