A informação publicada hoje pelo Instituto sobre as viagens dos residentes no primeiro trimestre indica que foram 4,7 milhões, com um aumento em 0,3% em relação ao período homólogo de 2019, pré-pandemia, “em resultado da variação observada nas viagens nacionais (+3,6%), dado que as viagens ao estrangeiro continuaram a registar uma variação negativa (-23,0%)”.
O INE indicou ainda que as viagens em território português “corresponderam a 90,5% das deslocações efectuadas”, especificando que em 2019 a proporção tinha sido de 87,7% por apresentarem um aumento em 3,6%.
O INE indicou ainda que as deslocações para “visita a familiares ou amigos” originaram 2,2 milhões de viagens, com um aumento de 4,4% face ao período homólogo de 2019, que o motivo “lazer, recreio ou férias” teve um aumento em 3% face ao período homólogo pré-pandemia, “justificando 1,8 milhões de viagens”, e as viagens “profissionais ou de negócios”, que são um dos segmentos mais fortes das agências de viagens foram 431,8 mil, com decréscimo de 31,1% em relação ao período homólogo de 2019.
Sobre a organização das viagens, a informação do INE reduz tudo à internet, omitindo se se trata de websites de fornecedores como hotéis e companhias de aviação ou websites de agências de viagens.
O Instituto diz apenas que “no 1o trimestre de 2022, a marcação prévia de serviços foi utilizada em 30,2% das viagens (+20,5 p.p.), proporção que atingiu 91,6% (+22,1 p.p.) no caso de deslocações com destino ao estrangeiro” e que “nas viagens em território nacional, a reserva antecipada de serviços esteve associada a 23,8% das viagens (+15,9 p.p.)”.
Na mesma linha de ignorar a informação sobre quem os clientes procuraram para se informar e reservar as suas viagens, o INE acrescenta que “a internet foi utilizada no processo de organização de 20,4% das deslocações (+15,6 p.p.), tendo este recurso sido opção em 67,5% (+29,5 p.p.) das viagens ao estrangeiro e em 15,4% (+11,7 p.p.) das viagens em território nacional”.
Já quanto às estadas, o INE especifica que “os “hotéis e similares” concentraram 21,9% das dormidas resultantes das viagens turísticas no 1o trimestre de 2022 (2,9 milhões de dormidas, +647,2%; -6,9% face a 2019), registando um ganho na sua representatividade (+16,3 p.p.)”.
“O “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção de alojamento, 71,0% do total, correspondendo a 9,5 milhões de dormidas (+51,4%; +9,9% face a 2019), embora tenha diminuído o seu peso no total (-17,6 p.p.)”, acrescenta.
Na informação anterior do INE sobre a actividade turística, indicava um total de 3,27 milhões de dormidas de residentes em Portugal no alojamento turístico no 1º trimestre, e que o alojamento local somou 1,35 milhões de pernoitas tanto de residentes como não residentes no país.