Segundo os dados do Banco de Portugal, no final do 2.º trimestre de 2016, o saldo do volume de empréstimos concedidos a sociedades não financeiras era de 2,1 mil milhões de euros, menos 616 milhões de euros que no final de junho de 2015 e menos 90 milhões que em março de 2016.
O rácio de crédito vencido deste tipo de sociedades diminuiu 0,2 p.p., fixando-se nos 21,2% no final do período de referência. Comparativamente ao trimestre homólogo, há um aumento de 0,7 p.p.. A nível nacional, o rácio de crédito vencido cresceu novamente, atingindo os 16,5% no final do 2.º trimestre de 2016.
O montante de crédito malparado no âmbito das sociedades não financeiras com sede na Região situava-se, no período em referência, nos 455 milhões de euros (-23 milhões de euros que em março passado).
No sector das famílias assistiu-se a uma redução, em termos homólogos, no saldo dos empréstimos concedidos, da ordem dos 100 milhões de euros (-3,2%), cifrando-se o saldo dos empréstimos a este sector institucional, em junho de 2016, nos 3,0 mil milhões de euros. Quando comparado o saldo do final do 2.º trimestre de 2016 com o do trimestre precedente observa-se que a queda foi mais ligeira (-0,9%, cerca de 27 milhões de euros a menos).
Por sua vez, o rácio de crédito vencido no sector institucional das famílias subiu para os 6,4% – valor máximo na série disponível desde 2009 – tendo para o efeito contribuído ambos os segmentos (“habitação” e “consumo e outros fins”). O aumento face ao trimestre anterior foi de 0,7 p.p. enquanto comparativamente a junho de 2015, esse acréscimo foi de 0,4 p.p.. O montante de crédito malparado neste sector atingia em junho de 2016 os 195 milhões de euros (mais 18 milhões de euros que em março de 2016). O fenómeno do crédito malparado é mais acentuado no crédito para “consumo e outros fins” (17,5%) que no segmento da “habitação” (4,1%). A nível nacional, o rácio de crédito vencido nas famílias fixou-se em 5,2% no trimestre em análise, tendo aumentado 0,1 p.p. face ao período anterior, constituindo-se também como o valor máximo na série histórica disponível.
Comparativamente ao país, os rácios de crédito vencido no segmento de “habitação” e no “consumo e outros fins” são superiores na RAM em 1,0 p.p. e 3,2 p.p., respetivamente.
Quanto ao número de devedores do sector institucional famílias, verificou-se um decréscimo em relação ao 1.º trimestre de 2016 (comum a ambos os segmentos) e que em termos globais foi de 0,4%. No 2.º trimestre de 2016 estavam contabilizados cerca de 49,3 mil devedores com crédito à “habitação” e 85,0 mil com crédito para “consumo e outros fins”.
Por sua vez, os depósitos e equiparados nos estabelecimentos bancários regionais atingiam, no final de junho de 2016, um volume de 4,8 mil milhões de euros, valor inferior em cerca de 7,0% ao observado no 2.º trimestre de 2015. Face a março de 2016, a redução foi de 0,2%.