Este valor das exportações de bens e serviços representa uma quota de 5% no total das exportações portuguesas, sendo a maioria para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), onde o crescimento foi ainda mais expressivo, relatou o responsável da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), numa intervenção no segundo e último dia do EurAfrican Fórum, a decorrer em Carcavelos.
No ano passado, as exportações para a África lusófona aumentaram 45,8% face a 2021, para 3,7 mil milhões de euros, representando 3,1% do total das exportações portuguesas e 61% das vendas de bens e serviços para o continente africano.
Marrocos, Angola e Moçambique são o principal destino das exportações, enquanto no investimento é Cabo Verde que se junta aos dois países de língua oficial portuguesa como principais destinos.
No final de 2022, o ‘stock’ de investimento de Portugal em África atingiu os 8,6 mil milhões de euros, 14,1% do total no estrangeiro.
Estes números mostram, referiu Filipe Santos Costa, que “as empresas portuguesas têm tido sucesso” e procuram sempre aumentar a sua presença em África, não só como mercado mas através da criação de uma filial ou procurando parcerias e novas oportunidades de investimento.
Em 2022, por exemplo, cerca de cinco mil empresas portuguesas exportavam para Angola, e muitas estão ali estabelecidas há muito, sublinhou, para referir que não é por acaso que “muitas empresas estrangeiras, mesmo americanas ou chinesas, associaram-se a empresas portuguesas” quando entram naquele ou outros países em África.
“Conhecem o mercado, as suas características, procedimentos, necessidades e desejos”, destacou, numa intervenção perante decisores, investidores, gestores e académicos de cerca de uma dezena de países, que no evento organizado pelo Conselho da Diáspora portuguesa exploram oportunidades e analisam projetos para aproximar Europa e África.
O presidente da AICEP expôs os vários instrumentos de apoio financeiro disponibilizados pela Comissão Europeia para investir em África e destacou ainda “o poder da diáspora portuguesa como força de conexão entre culturas, empresas e continentes”.
Lusa