“Contrariando a economia no seu total, este setor teve um excedente de 438 milhões de euros, revelando-se determinante para o aligeirar da tradicionalmente negativa balança comercial de bens portuguesa”, salienta a associação setorial em comunicado.
Segundo destaca a Biond, estes dados – divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) – evidenciam “um forte crescimento” do setor, acima da média nacional, e “confirmam a importância estratégica das bioindústrias de base florestal para economia portuguesa”.
“A bioindústria da pasta, papel e cartão consolida-se como um dos principais motores da economia portuguesa”, sustenta.
Citado no comunicado, o diretor-geral da Biond afirma que “o sucesso económico da fileira, aliado ao compromisso com a inovação e a sustentabilidade”, faz dela “uma referência não só em Portugal, mas também no cenário europeu e mundial”.
“Atualmente somos o maior produtor europeu de papel de escritório e o terceiro maior de pasta de papel, uma posição de destaque que reflete o empenho e a capacidade das nossas empresas associadas”, enfatiza Gonçalo Almeida Simões.
Ainda assim, o dirigente associativo garante que o setor “não se acomoda” e continua a apostar no desenvolvimento permanente de novos produtos.
“Estamos a construir a bioindústria sustentável que o futuro exige. Um futuro em que a bioindústria portuguesa lidera em inovação, sustentabilidade e criação de valor, fortalecendo a economia nacional e posicionando-se como exemplo global de uma bioindústria sustentável”, refere o diretor-geral da Biond, cujas empresas associadas exportam para mais de 130 países.
As exportações portuguesas aumentaram 9,7% e as importações subiram 7% em valor no terceiro trimestre do ano, em termos nominais e em relação ao período homólogo, segundo os dados divulgados em 08 de novembro pelo INE.
Como resultado, registou-se um agravamento de 30 milhões de euros (o primeiro desde o primeiro trimestre de 2023) do défice da balança comercial, para 7.135 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 73% (ou seja, as importações superaram as exportações).
Lusa