No preço final da gasolina, "mais de metade (53%) são impostos, sendo que com a nova subida dos preços o Estado passará a arrecadar entre as várias taxas e o IVA mais de um euro por litro, considerando os valores médios", lê-se na nota divulgada hoje.
No gasóleo, a fiscalidade em Portugal representa cerca de 45% do preço médio, mas, tendo em conta que representa três quartos do total consumido, é o ‘diesel’ que gera grande parte da receita fiscal com os combustíveis, representando "em média, quase 8,4 milhões de euros por dia entre ISP, a Contribuição para o Setor Rodoviário e a Taxa de Carbono, mas também com o IVA".
Com a gasolina, os cofres públicos arrecadam mais 3,1 milhões de euros diários, de acordo com a mesma nota.
Assim, destaca, "considerando os novos preços médios, a receita gerada com os combustíveis vai aumentar ainda mais, ascendendo a 11,5 milhões de euros por dia, em termos médios".
Na próxima semana, o gasóleo deverá registar um agravamento de cerca de 14 cêntimos por litro, enquanto a gasolina prepara-se para ficar oito cêntimos mais cara, naquela que será a 10.ª subida consecutiva de ambos os produtos.
No gasóleo, destaca a nota, "o aumento desta semana será quase tão grande quanto o acumulado desde o início do ano: até esta subida, o preço médio do litro do ‘diesel’ simples tinha aumentado 17,4 cêntimos".
Esta forte subida vai levar os preços médios dos combustíveis simples para 1,815 euros por litro no caso do gasóleo e 1,912 euros no caso da gasolina, aproximando-se os valores entre ambos, refere ainda.
Assim, na próxima semana, "a gasolina passa, assim, a ficar mais perto da fasquia dos dois euros por litro, em termos médios, sendo que na generalidade dos postos deverá superar este valor, tendo em conta que o valor de venda nos principais comercializadores está agora nos 1,93 euros".
"Será um fardo adicional para as famílias e empresas portuguesas, que têm vindo a sentir o agravamento dos preços da energia. Para o Estado, será fonte de receita adicional, tendo em conta a elevada fiscalidade que recai sobre os produtos petrolíferos", refere a mesma nota.
Com a invasão da Ucrânia pela Rússia, o barril de petróleo disparou, num contexto de fraqueza da moeda europeia face ao dólar, repercutindo-se nas cotações da gasolina e do gasóleo, com "a maior subida de sempre nos preços a pagar nos postos de abastecimento".