Num comunicado divulgado hoje, a companhia ‘low cost’ (de baixo custo) admitiu que a variante Ómicron do coronavírus penalizou a procura de passageiros no mês passado, mas, ao mesmo tempo, reportou ter sentido um impulso no processamento de reservas na sequência do fim da exigência, no Reino Unido, de testes covid para os vacinados.
No balanço que hoje fez do primeiro trimestre do ano fiscal (entre outubro e dezembro, no caso da easyJet,), a empresa informou que a taxa de ocupação dos aviões caiu para 67% em dezembro, face aos 80% registados em outubro e novembro de 2021.
Apesar do impacto da Ómicron, a empresa conseguiu reduzir para metade as perdas brutas no trimestre, para 213 milhões de libras (255 milhões de euros), o que compara com 423 milhões de libras (507 milhões de euros) no mesmo período do ano anterior.
Desde que, a 05 de janeiro passado, o executivo do Reino Unido anunciou o fim, a partir de 11 de fevereiro, da necessidade de realização de testes à covid-19 antes de viajar para o país para quem tenha o esquema vacinal completo, a easyJet diz ter notado uma “alteração significativa” nas reservas feitas pelos viajantes.
Embora preveja que a nova variante continue a impactar o seu desempenho no “curto prazo”, a companhia aérea antecipa que, entre julho e setembro, o seu programa de voos passará dos apenas 50% registados em janeiro, face a 2019, para níveis “quase próximos” ao período pré-pandemia.
Segundo o presidente executivo (CEO) da Easyjet, Johan Lundgren, a empresa prevê um aumento de 14% na sua capacidade nas rotas entre o Reino Unido e destinos de praia, o que tornará esta operação “a maior” dos seus 26 anos de história.
O gestor realçou que o Reino Unido está “a liderar em reservas, à frente da Europa, pela primeira vez desde a primavera de 2020” e que são “os tradicionais destinos de praia e lazer que estão a recuperar mais rapidamente”.
“A easyJet registou uma melhoria homóloga significativa no primeiro trimestre, apesar do impacto, no curto prazo, do Ómicron em dezembro”, referiu, acrescentando: “Prevemos um verão forte pela frente, com uma procura acumulada que fará a easyJet regressar a níveis de capacidade próximos dos de 2019 (pré-pandemia), com um desempenho particularmente bom nas rotas de praia e lazer”.
C/Lusa