No final de março, na atividade em Portugal, a CGD tinha 69.288 milhões de euros em depósitos, menos 339 milhões de euros do que em final de 2022 (quando tinha 69.627 milhões de euros em depósitos).
Na apresentação das contas do primeiro trimestre, na sede da CGD, em Lisboa, o administrador Francisco Cary disse que “o comportamento dos depósitos [da CGD] foi igual ou equivalente ao de outros bancos”, pelo que apesar da saída de depósitos o banco público mantém a liderança nos depósitos em Portugal, com uma quota de mercado de 23%.
Sobre para onde foi o dinheiro tirado pelos clientes, afirmou o gestor que “boa parte foi para certificados de aforro”, parte para investimento em outros fundos financeiros e de investimento do próprio banco e que há ainda depósitos retirados pelos clientes para “amortização antecipada de crédito à habitação”.
Na quarta-feira, em conferência de imprensa para apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira, o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, considerou normal a saída de depósitos dos bancos num momento de baixas taxas de juro pagas pelos bancos, incluindo para certificados de aforro e pagamento antecipado dos empréstimos, e afirmou que os indicadores de liquidez dos bancos não demonstram dificuldades das instituições.
A CGD divulgou hoje que teve lucros de 285 milhões de euros no primeiro trimestre, quase o dobro dos 146 milhões de euros dos primeiros três meses de 2022.
O banco público confirmou a distribuição de 352 milhões de euros em dividendos sobre o ano passado, a que deverá acrescer a entrega do edifício-sede como dividendo em espécie.