"Para que não morramos na praia”, lê-se na mesma nota.
"As semanas continuam a passar, o verão, que evoluiu num ténue regresso, está a acabar, os apoios continuam a soar aos microfones e a faltar nas empresas”, de acordo com o comunicado.
A associação disse depois que, como tinha alertado, “as necessidades de tesouraria continuam a agravar-se nas empresas”.
“O regresso aos negócios faz-se com receitas a crescer lentamente e os custos a regressar a 100%, desequilibrando ainda mais as tesourarias das empresas, colocando trabalhadores em risco de desemprego e a oferta turística nacional em risco de desagregação”, avisa a organização.
Por isso, defende, é “imperioso” que o Governo confirme “a manutenção da possibilidade de ‘lay-off’ até ao final do ano, de acordo com os diferentes níveis de regresso à atividade, por parte das empresas”, e que “pague a tranche do Apoiar.rendas, primeiro semestre, que se mantém em dívida”.
Além disso, pede a APAVT, o executivo deve alargar “o apoio do Apoiar.rendas ao segundo semestre de 2021”, definir “uma nova tranche no programa Apoiar, de acordo com o óbvio prolongamento da crise e o adensar dos problemas de tesouraria das empresas”, resolver “o problema das moratórias, tantas vezes anunciado, e nunca efetivado” e clarificar “os processos de apoio à recapitalização e a capacidade das micro e pequenas empresas de acederem aos mesmos”.
“Vem aí mais um Dia Mundial do Turismo. Espero que seja aproveitado pelo Governo para colocar no mercado os apoios necessários, alguns deles tantas vezes anunciados. Não vejo outra razão para festejar, e não há mais nada para comentar. É altura de passar à ação”, afirmou o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, citado na mesma nota.
Na terça-feira, o presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, reconheceu que "a saída das moratórias será "um pouco assimétrica", porque "têm a expressão maior na restauração e turismo" e "há setores que basicamente pediram [moratórias] por precaução", como é "o caso das empresas do setor da construção civil, que tiveram crescimento, quer no setor privado quer no público".
"Há empresários que, claramente, já têm as suas contas para este ano com resultados bastante positivos e temos outros que não recuperaram minimamente a sua rentabilidade", distinguiu, dando como exemplo o caso da "restauração", no qual há "restaurantes que estão a faturar tanto neste mês de agosto ou mais do que já faturaram", enquanto há "outros restaurantes que, primeiro que voltem a faturar semelhante ao que estavam, vai demorar algum tempo".
Mais afetadas são também as "agências de viagem", que "têm um panorama mais duro do que alguns grupos hoteleiros", referiu Paulo Macedo.