“A Madeira tem ainda níveis de dívida direta e indireta muito elevados, apesar da expectativa da DBRS de que os indicadores da dívida, provavelmente, continuem a melhorar no médio prazo, embora a um ritmo lento”, refere a DBRS em comunicado.
A agência canadiana adianta que a localização geográfica, por ser um arquipélago no oceano Atlântico, e a exposição ainda grande do Governo a empresas regionais continuam a ser os principais desafios para o perfil geral de crédito da Madeira.
Segundo a DBRS, o ‘rating’ da Madeira é sustentado por um “desempenho financeiro estabilizador nos últimos anos e melhoria lenta dos indicadores de dívida apoiados por indicadores económicos mais favoráveis, pela supervisão financeira ao Governo Regional por Portugal e pelo controlo reforçado sobre a sua dívida indireta e passivos comerciais nos últimos anos”.
A agência refere que o ‘rating’ da Madeira pode subir caso o ‘rating’ de Portugal melhore, com uma redução substancial do endividamento da Madeira, se os indicadores económicos melhorarem e a região conseguir diversificar a sua economia ou se houver um fortalecimento da relação entre a região e o Governo central.
O ‘rating’ pode descer se o de Portugal baixar, se a Madeira não conseguir estabilizar o seu desempenho financeiro e os indicadores de dívida a médio prazo, se o apoio financeiro e supervisão do Governo central enfraquecer ou se ocorrer uma reversão na redução da dívida.
LUSA