"Gostaríamos de enviar uma mensagem de tranquilidade da nossa parte, é uma situação que é atípica, não é a ideal, mas é transitória. Sabemos que há sentido de urgência do lado do Ministério das Finanças, estamos em contacto com o secretário de Estado do Tesouro e sabemos que há diligências para se conseguir a nomeação o mais rápido possível", afirmou Rui Pinto na conferência de imprensa de apresentação do Relatório Anual de 2021 da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), em Lisboa.
O administrador acrescentou que, mesmo no atual contexto, "a CMVM opera de forma normal e regular".
Sobre a notícia do Jornal Económico de que Margarida Matos Rosa (atual presidente da Autoridade da Concorrência) poderá vir a ser presidente da CMVM, Rui Pinto disse que não lhe compete comentar potenciais nomes.
O administrador da CMVM disse ainda que, por motivos de doença, Gabriel Bernardino "está mais afastado do que é normal" no dia-a-dia da CMVM, mas que "continua presente num conjunto de situações que carecem sempre da participação do presidente".
Também o administrador da CMVM José Miguel Almeida afirmou que a atual situação demonstra a "maturidade da organização, a competência das suas equipas", uma vez que o regulador continua a funcionar normalmente, ao que também ajuda existir um plano estratégico.
Em final de março, Gabriel Bernardino apresentou ao ministro das Finanças um pedido para renunciar ao cargo por motivo de saúde, solicitando que a sua substituição ocorra “tão rapidamente quanto possível”, tendo em conta as “limitações de saúde que justificam a decisão”.
Gabriel Bernardino (que foi presidente da Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma) tomou posse como presidente do Conselho de Administração da CMVM em novembro de 2021, sucedendo a Gabriela Figueiredo Dias.