O alojamento local recebeu em Portugal 3,4 milhões de hóspedes em 2017, numa subida homóloga de quase 29% e 8 milhões de dormidas (+26,7%), informou hoje o INE, que revelou que foram gerados 263 milhões de euros de proveitos totais (27,6%).
No documento sobre Turismo em 2017, o Instituto Nacional de Estatística (INE) referiu que os alojamentos turísticos em Portugal receberam 24,1 milhões de hóspedes e contabilizaram 65,8 milhões de dormidas.
No final de julho de 2017, a oferta em alojamento local chegava a 2.663 estabelecimentos, correspondente a 66,6 mil camas.
Segundo o documento, as dormidas aumentaram em todas as regiões, de “forma mais expressiva no Centro (+42,3%), Área Metropolitana de Lisboa (+31,4%), Região Autónoma da Madeira (+22,5%) e Norte (+25,2%)”.
“A região da AM Lisboa captou a maior proporção de dormidas (35,7% do total), seguindo-se o Norte (18,7%) e o Algarve (15,4%)”, segundo o INE.
Na análise do aumento de 1,7 milhões de dormidas face a 2016, o INE referiu que 40,5% foi proveniente da região de Lisboa (678,7 mil dormidas adicionais), 18,9% do Centro (316,6 mil dormidas acrescidas) e 17,8% do Norte (acréscimo de 298,9 mil dormidas).
Houve 2,7 milhões de dormidas no alojamento local (+16,4% face a 2016) de residentes, representando 34% do total das dormidas. As dormidas dos portugueses concentraram-se, essencialmente, no Norte (25,4% do total de dormidas), Lisboa (24,2%) e Centro (23,2%).
Os mercados externos registaram 5,2 milhões de dormidas (+32,8%) e os destinos preferenciais foram Lisboa (41,7% do total de dormidas), Madeira (16,7%), Algarve (16,4%) e Norte (15,2%).
Entre os estrangeiros, a Alemanha foi o principal mercado emissor (14,9% do total das dormidas de não residentes) e apresentou um crescimento de 27,4%.
Seguiram-se os mercados francês, britânico e espanhol (+22,3%, +20,9% e +31,5%, respetivamente), com quotas de, respetivamente, 12,8%, 11,8% e 10,7% das dormidas de não residentes.
Foram ainda destacadas as subidas da Polónia (+79,8%), Estados Unidos (+64,8%) e Brasil (+54,6%).
As dormidas dos mercados alemão e polaco repartiram-se pela zona de Lisboa (33,2% e 37,8%, respetivamente) e Madeira (32,4% e 23,5%), enquanto os britânicos preferiram maioritariamente o Algarve (38,0%) e a Madeira (25,5%).
Os turistas dos Países Baixos estiveram sobretudo no Algarve (35,1%) e Lisboa (30,8%).
Os restantes principais mercados apresentaram como primeira opção Lisboa, nomeadamente residentes nos Estados Unidos (62,2%), Brasil (57,9%) e Itália (56,0%).
A estada média no alojamento local foi de 2,35 noites (-1,6%), com médias de maior permanência na Madeira (4,80 noites), Algarve (3,23 noites) e Lisboa (2,37 noites).
No alojamento local, a taxa líquida de ocupação-cama situou-se em 37,2% (+2,4 p.p.) e as regiões com valores mais elevados neste indicador foram Lisboa (49,8%), Algarve (40,7%) e Madeira (37,3%).
Os estabelecimentos de alojamento local atingiram 263 milhões de euros de proveitos totais (+27,6% em relação a 2016) e 227,5 milhões de euros de proveitos de aposento (+33,8%).
As regiões de Lisboa e do Centro apresentaram crescimentos expressivos (+39,9% e +36,4% nos proveitos totais, +45,1% e +47,4% nos de aposento, respetivamente).
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi 25,4 euros (+16,4%), com os valores mais altos a registarem-se em Lisboa (44,2 euros) e Algarve (32,5 euros).
LUSA