A russa Alexandra Razarenova conquistou a medalha de ouro nos femininos, graças ao tempo de 56.51 minutos, numa corrida também muito disputada, já que a segunda e a terceira classificadas, a alemã Lena Meiner e a ucraniana Yuliya Yelistratova respetivamente, terminaram ambas com a marca de 57.05.
Os portugueses mais bem classificados foram Ricardo Batista, que ficou em sexto lugar, e Gabriela Ribeiro, que terminou na décima posição, numa prova que teve 750 metros de natação, 20 quilómetros de bicicleta e cinco quilómetros de corrida.
Van Riel e Nieschlag produziram uma luta intensa na disputa pelo ‘ouro’ na prova masculina, e foi preciso esperar até a entrega das medalhas no pódio para descobrir que o belga levou a melhor (52.16 minutos contra 52.17 do alemão), com o francês Anthony Pujades a terminar em terceiro (52.35).
"Só tinha um pensamento, que era ir o mais rápido possível nos últimos 200 metros e depois descansar, porque o Justus estava mesmo muito veloz no final. Foi muito difícil derrotá-lo e foi muito renhido. É certamente uma das metas que irei sempre recordar", afirmou Marten Van Riel aos jornalistas.
O atleta belga admitiu que no setor de bicicleta foi dos mais "desafiantes" que alguma vez competiu, mas ficou agradado com os aspetos técnicos do percurso.
Ricardo Batista estava emocionado no final e não conteve as lágrimas enquanto abraçava o treinador, depois do sexto lugar alcançado, com a marca de 53.00 minutos, que fez dele o melhor português na prova.
"Foi um ótimo lugar. Sinceramente, não estava à espera. Estou muito emocionado porque é o meu melhor resultado esta época e estou muito contente. Foi uma excelente maneira de acabar a época", referiu o atleta, de 17 anos, revelando que estava "estoirado" no segmento de corrida, depois de ter dado o máximo na bicicleta.
Já Gabriela Ribeiro, décima classificada, com o tempo de 58.08 minutos, estava muito satisfeita com o resultado, após uma temporada algo negativa, e abordou as diferenças em relação à prova de 2017, que também decorreu na Madeira e em que conseguiu a medalha de bronze.
"Este ano foi um pouco atípico. Não correu muito bem, mas como esta é a última prova do ano da ETU, dei tudo o que tinha e estou muito feliz. No ano passado, fiquei em terceiro, mas a lista de participantes era mais acessível. Houve algumas alterações na parte da natação e da corrida, mas não fez diferença", disse Gabriela, de 18 anos, que pratica triatlo desde os seis anos.
A vencedora da prova, a russa Alexandra Razarenova, teve algumas dificuldades em colocar as emoções em palavras na língua inglesa aos jornalistas, mas acabou por conseguir fazer um balanço.
"Excelente corrida e fiquei muito feliz. Na natação, as coisas correram muito bem e consegui ficar no grupo da frente. Passei à liderança na bicicleta. Esta é a minha primeira vitória na Taça da Europa e foi mesmo no final", destacou.
c/ LUSA