O União da Madeira venceu hoje o Marítimo, por 2-1, em jogo da jornada inaugural da I Liga portuguesa de futebol, vencendo pela primeira vez os ‘verde-rubros’ no primeiro escalão.
Breitner (28 minutos) e Élio Martins (47) marcaram os golos do União, que regressava à I Liga 20 anos depois, com o Marítimo a reduzir pelo brasileiro Diego Souza (83).
Ao 11.º encontro com o Marítimo no primeiro escalão, o União da Madeira conseguiu o primeiro triunfo, após cinco derrotas e outros tantos empates.
O União da Madeira surgiu em campo, no ‘onze’ inicial, com apenas três jogadores que transitaram da época passada, Soares, Rúben Andrade e Élio Martins, enquanto o Marítimo manteve a base da equipa da temporada anterior, com Salin, Briguel, João Diogo, Alex Soares, Xavier, Edgar Costa e Marega.
Todavia, essa provável maior ligação entre os diversos sectores não se fez notar ao longo da partida.
Numa primeira parte muito equilibrada, a primeira grande ocasião do jogo ocorreu aos 16 minutos, quando após um centro de Rúben Andrade, Élio Martins surgiu em boa posição, mas não acertou na bola e o lance gorou-se.
Antes, apenas na sequência de lances de bola parada, por Breitner (12) e Tiago Rodrigues (23), o perigo havia rondado as balizas.
Contudo, o golo haveria de surgir à passagem dos 26 minutos, por Breitner, que após centro de Amilton desviou a bola do seu marcador e rematou colocado e fora do alcance de Salin.
O Marítimo não conseguiu se libertar do ‘colete de forças’ em que se encontrava e apenas criou um bom ensejo, já bem perto do intervalo, marcava o cronometro o minuto 43, com Marega a solicitar o arménio Ghazaryan, mas o remate saiu muito por alto.
Ao intervalo, Ivo Vieira procurou alterar o seu esquema tático, fazendo entrar Fransérgio para o lugar de Xavier, adiantando Alex Soares e derivando Ghazaryan para o lado esquerdo do ataque.
Não obstante, a segunda metade não poderia começar melhor para o União da Madeira, já que pouco depois do reatamento, aos 47 minutos, um livre de muito longe cobrado por Joãozinho teve a melhor sequência num golpe de cabeça de Élio Martins que bateu Salin.
O Marítimo tentou contrariar a adversidade e, aos 54 minutos, Tiago Rodrigues obrigou André Moreira a sua primeira intervenção digna de registo no jogo.
O Marítimo arriscou o Marítimo, alargando a sua frente de ataque com a entrada de Dyego Sousa, e passou a exercer maior pressão sobre o extremo-reduto do União, que agora atuava em contra-ataque. O melhor que o Marítimo conseguiu, foi reduzir por Dyego Sousa aos 83 minutos, embora já em período de compensações, Rúben Ferreira tenha propiciado uma grande defesa a André Moreira.
O União foi sempre um conjunto coeso e solidário e mesmo nos momentos de aperto nunca se desuniu, perante um Marítimo que mostrou algumas lacunas e que nunca conseguiu impor o seu jogo.