A decisão foi tomada pelo Comité Executivo da UEFA, que aprovou também um regulamento especial – com alterações motivadas pela pandemia de covid-19 – da fase final do Europeu de 2022 feminino, no qual Portugal vai substituir a Rússia, que se tinha qualificado, mas foi suspensa devido à invasão da Ucrânia.
“A decisão tomada hoje destina-se a assegurar o normal funcionamento das provas da UEFA, na medida em que a segurança das equipas e de todos os participantes poderá não estar totalmente garantida devido à existência de um conflito militar”, informou o organismo regulador do futebol europeu.
A UEFA já tinha decidido que nenhum jogo das suas provas poderia ser disputado em território bielorrusso e que, mesmo em outro país, teria de ser disputado à porta fechada, “uma vez que a invasão da Ucrânia pelo exército russo foi facilitada pela vizinha Bielorrússia”.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
No âmbito do Europeu feminino, que se realiza entre 06 e 31 de julho de 2022, em Inglaterra, o Comité Executivo decidiu permitir “substituições ilimitadas de jogadoras, em caso de lesão grave ou doença [incluindo covid-19], antes do primeiro jogo, desde que com comprovação médica”.
“As novas regras aplicam-se também às guarda-redes, que poderão ser substituídas antes de cada jogo do torneio, em caso de incapacidade física, mesmo que uma ou duas guarda-redes da lista de inscritos estejam disponíveis”, precisou a UEFA.
A covid-19 já provocou a morte de quase 6,3 milhões de mortes e mais de 527 milhões de casos em todo o mundo, de acordo com o mais recente balanço da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.