Na partida, em Portimão, da 28.ª jornada, os insulares, 15.º classificados, com 28 pontos, medem forças com os algarvios, que estão dois lugares abaixo, na penúltima posição, com 21, quando faltam sete rondas para acabar o campeonato.
“Atendendo a nossa classificação, não podemos fugir à questão deste resultado ter um peso maior, porque, neste momento, o Portimonense está na zona de descida e, ganhando, aumentaríamos a distância para essa posição, portanto, tem valor acrescido”, admitiu José Gomes, na conferência de imprensa.
A formação madeirense regressou aos triunfos, ao ter derrotado, em casa, o Gil Vicente, por 2-1, colocando um ponto final numa série de cinco partidas sem vencer, e o técnico quer “manter o espírito, a entrega, agarrar no desafio com força para que as coisas corram a favor” do Marítimo e, apesar de considerar que uma vitória em Portimão ajuda a atingir o objetivo, duvida que resolva a questão.
“[Fica mais fácil ganhando ao Portimonense?] Fica. Não é definitivo. [31 pontos serão suficientes?] Acho que não. Há muitos jogos. É verdade que há alguns jogos entre adversários diretos, mas há muitos pontos em disputa, com adversários que não estão envolvidos nessa luta, e, a serem conquistados, 31 pontos podem não ser suficientes”, comentou.
José Gomes garantiu que não está a fazer contas da permanência, até porque as situações mudam todas as semanas e têm acontecido “resultados surpreendentes”, por isso, prefere “concentrar as energias” na visita ao Portimonense, que somou cinco pontos desde o regresso da I Liga.
“Vamos concentrar neste jogo, contra um adversário muitíssimo bem orientado, recheado de bons jogadores. O Portimonense tem feito jogos de grande qualidade, tem apresentado, nos últimos três jogos, mais qualidade e intensidade nas segundas partes do que nas primeiras. Acho que vão ter a preocupação de, neste jogo, entrarem mais fortes e melhor na primeira parte”, analisou o treinador ‘verde rubro’.
A pressão é dividida por José Gomes entre as duas equipas, até porque nenhuma cumpriu as metas a atingir e o fator casa reflete pouco na questão.
“Quando não há definição da classificação, quando não se atingiram os objetivos, a pressão é permanente. Faz parte desta profissão. Cada jogo poderá ter uma interferência importante na classificação final e a pressão existe. É inerente a ser profissional de futebol trabalhar e jogar sob pressão e acho que essa pressão é repartida. O fator casa, que tem demonstrado neste campeonato ter menos peso, porque não há adeptos, provavelmente aumentará um pouco a pressão a quem joga em casa”, justificou.
O Marítimo, 15.º classificado, com 28 pontos, visita o Portimonense, 17.º e penúltimo, com 21, na segunda-feira, às 21:00, com arbitragem de Manuel Mota, da Associação de Futebol de Braga.