Num encontro em que o coletivo de Mário Gomes ‘abanou’ por vezes, face a um ‘frágil’ conjunto que soma por derrotas os cinco jogos no agrupamento, a inspiração e ‘transpiração’ do ‘leão’, nos dois lados do campo, foi decisiva para o triunfo.
Travante fechou o encontro com 24 pontos, com oito em 16 nos ‘tiros’ de campo, incluindo dois em seis nos ‘triplos’, e seis em sete nos lances livres, mais cinco ressaltos, duas assistências e dois roubos de bola, em apenas 25 minutos.
Na formação lusa, que entrou em ‘grande’ (6-17) e depois deixou-se ultrapassar (33-31), destaque ainda para os 16 pontos e 15 ressaltos do capitão Miguel Queiroz, os 11 pontos, seis ressaltos e cinco assistências de Diogo Brito e os 11 pontos de José Barbosa, incluindo dois ‘triplos’ importantes no final.
Por seu lado, o Chipre, coorganizador do Europeu de 2025 e, como tal, já como lugar reservado na fase final – onde terá de se apresentar a um nível muito diferente -, destaque para os 16 pontos de Filippos Tigkas e os 12 de Konstantinos Simitzis.
Se os cipriotas só estão a ‘treinar’, Portugal manteve-se na liderança do Grupo F e precisa de perder por menos de 10 pontos na Bulgária, que bateu em Coimbra por 88-78, para selar no domingo o apuramento para a fase qualificação, e não ter de sujeitar-se à terceira fase de pré-qualificação.
A formação lusa entrou com grande intensidade, sobretudo defensiva, dominadora nas tabelas e, liderada por Travante, conquistou cedo uma vantagem de 11 pontos (6-17), perante a impotência dos cipriotas.
Nos últimos 4.18 minutos do primeiro período, a formação das ‘quinas’, com a segunda unidade, perdeu, no entanto, esclarecimento no ataque, começou a acumular erros e só marcou mais quatro pontos até aos 10 minutos (9-21).
Talvez ‘contagiada’ pela falta de eficácia ofensiva, a defesa lusa começou também a falhar e, contra todas as expectativas, o Chipre logrou um parcial de 24-10 e assumiu, pela primeira vez, o comando do marcador (33-31), a 2.40 minutos do intervalo.
Na parte final do segundo período, Portugal ainda conseguiu recompor-se, mesmo sem atingir o nível do início do encontro, e chegou ao intervalo na frente (36-38).
A formação das ‘quinas’, percebendo o perigo, regressou melhor para a segunda parte e, novamente com Travante em evidência, voltou a fugir no marcador, atingindo novamente os 13 pontos de vantagem (44-57).
Com a saída do norte-americano naturalizado, Portugal ‘caiu’ e novamente e os cipriotas, agora muito inspirados nos ‘triplos’, recolocaram-se a quatro pontos (58-62), obrigando Mário Gomes a recolocar em campo o jogador do Sporting.
Com dois lances livres a fechar o terceiro período (58-64) e um ‘tiro’ de campo a abrir o quarto (58-66), Travante deu o mote e Portugal aguentou-se, também pela ação de Queiroz e Barbosa, com um precioso ‘triplo’ a 2.20 minutos do fim (63-72) e outro para sentenciar o jogo já nos últimos 30 segundos.
Jogo na Eleftheria Sports Arena, em Nicósia.
Chipre – Portugal, 66-75.
Ao intervalo: 36-38.
Sob a arbitragem do francês Alexandre Deman, do esloveno Blaz Zupancic e do austríaco Goran Sljivic, as equipas alinharam e marcaram:
– Chipre: Roberto Mantovani, Ioannis Pasiali (2), Konstantinos Simitzis (12), Nikos Stylianou (3) e Filippos Tigkas (16) – cinco inicial. Jogaram ainda Simon Michail (6), Antreas Christodoulou (9), Aineas Jung (5), Michalis Koumis (4), Zayd Muosa (7) e Christos Loizides (2).
Selecionador: Christophoros Livadiotis.
– Portugal: Diogo Ventura, Diogo Brito (11), Travante Williams (24), Miguel Queiroz (16) e Daniel Relvão – cinco inicial. Jogaram ainda Francisco Amarante (2), Rafael Lisboa (5), Cândido Sá (3), Vladylav Voytso (3), João Guerreiro e José Barbosa (11).
Selecionador: Mário Gomes.
Marcha do marcador: 9-21 (10 minutos), 36-38 (intervalo), 58-64 (30 minutos) e 66-75 (resultado final).
Lusa