“Volto à competição dia 25 de abril no Campeonato da Europa. Não poderia ser num dia mais bonito. De lá continuo a competir durante o próximo mês, em provas de qualificação para #paris2024, os meus sextos Jogos Olímpicos e assim tentar fazer história!”, escreveu a judoca na sua conta na rede social Instagram.
A última competição de Telma Monteiro foi em novembro, também nos Europeus, em Montpellier, onde a judoca foi forçada a abandonar logo no primeiro combate, após sofrer uma rotura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, que obrigou a cirurgia.
“Foram cinco meses de muita luta, muito trabalho, extrema dedicação, lágrimas, dor e suor, para poder voltar à competição, o melhor possível a tempo de concluir o meu objetivo. Desde o primeiro dia, senti e sabia, sabíamos, do desafio que estava à nossa frente. Foi duro. Mas o momento chegou!”, disse ainda.
A judoca, a mais medalhada de sempre do judo português e recordista feminina de medalhas em Europeus, com 15 (seis de ouro, duas de prata e sete de bronze), procura agora pontos que confirmem uma sexta presença nos Jogos Olímpicos.
Com a ausência de competição, Telma Monteiro caiu da zona de apuramento direto em -57 kg, destinado às 17 mais bem classificadas no ranking, com exceção da judoca do país anfitrião e da repetição de nacionalidades.
Ainda assim, mantém-se em lugar virtualmente elegível, em realocação de quota, lugares remanescentes de quota para os judocas com maior número de pontos, num momento em que está a cerca de 150 pontos do último lugar que apura via ranking.
Com o regresso em Zagreb, a judoca, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Rio2016, vai voltar a lutar por pontos que lhe permitam subir na hierarquia, quando faltam, até maio, mais três provas a pontuar, os Grand Slam do Tajiquistão e Cazaquistão, e os Mundiais de Abu Dhabi.
Caso se qualifique, Telma Monteiro fará história uma vez mais, agora tornando-se a atleta feminina portuguesa com mais participações em Jogos, depois de ter estado em Atenas2004, Pequim2008, Londres2012, Rio2016 e Tóquio2020.
Lusa