A medalha de hoje para a judoca lusa segue-se a uma participação menos positiva em outubro no Grand Slam de Abu Dhabi, onde Telma Monteiro, que fazia a primeira competição depois de uma cirurgia ao joelho, foi eliminada logo na estreia.
Em Baku, a judoca portuguesa mais medalhada de sempre, 11.ª do ranking, esteve isenta na primeira ronda e acabou por chegar à final depois de vencer a bósnia Andjela Samardzic (58.ª), a búlgara Ivelina Ilieva (33.ª) e a belga Mina Libeer (13.ª).
Na final, Telma Monteiro encontrou uma adversária, campeã mundial em 2019, a quem nunca tinha vencido nas duas ocasiões em que se defrontaram, em 2019 no Grand Slam de Ecaterimburgo e já este ano no Grand Slam de Antália.
O combate entre as duas, nomes fortes da categoria intermédia, decidiu-se apenas no ‘golden score’, período de combate após os primeiros quatro minutos, que termina com o primeiro judoca a pontuar.
Telma Monteiro e Christa Deguchi (15.ª) arrastaram a decisão até aos 6.11 minutos, quando o árbitro advertiu a portuguesa pela terceira vez (hansoku make), conduzindo à sua eliminação e vitória da canadiana por ippon.
A medalha de Telma Monteiro segue-se a um período difícil, não só após a cirurgia, mas num momento em que a judoca tem contestado a direção da Federação Portuguesa de Judo, juntamente com mais cinco companheiros de seleção, acusando o presidente do organismo de opressão, num cenário que levou ainda ao afastamento da selecionadora Ana Hormigo, solidária com os atletas.
No Grand Slam no Azerbaijão, Telma integra uma equipa de sete convocados, dos quais Rodrigo Lopes (-60 kg) e a vice-campeã europeia Catarina Costa (-48 kg) foram afastados hoje ao primeiro combate.
A participação lusa prosseguirá no domingo, dia em que competem Patrícia Sampaio (-78 kg), Rochele Nunes (+78 kg), Anri Egutide (-90 kg) e Jorge Fonseca (-100 kg).
Lusa