Num Pavilhão n.º 2 do Estádio da Luz, em Lisboa, muito bem composto e com natural maioria dos adeptos benfiquistas, os comandados de Ricardo Costa deram seguimento ao atual bom momento, juntando a classificação para as meias-finais da Taça ao atual sucesso no campeonato – que lidera ainda sem derrotas – e a bem-sucedida eliminatória da Liga Europeia frente aos espanhóis do Bidasoa Irun, o que lhe valeu a passagem aos quartos de final da prova europeia.

Os irmãos Costa, os laterais Francisco e Martim, foram as figuras maiores do encontro, com 11 golos cada, com uma influência que já se verificava ao intervalo, quando juntos arrecadaram 14 dos 17 golos marcados na primeira parte pelo Sporting. No lado oposto, Ander Izquierdo foi o melhor marcador do Benfica, com seis tentos.

Depois de ter perdido a Supertaça para os ‘encarnados’ (45-43, após prolongamento) e de as duas equipas terem empatado para o campeonato (27-27), os ‘leões’ levaram a melhor num jogo que começou ‘vivo’, com momentos de alternância no comando do marcador e nenhuma das equipas a conseguir destacar-se no resultado, que foi permanecendo equilibrado nos primeiros 10 minutos.

Contudo, o Benfica perdeu eficácia ofensiva, com um par de remates sem êxito, e o Sporting aproveitou para uma primeira vantagem de dois golos, com o resultado a 8-6, através de uma jogada bem trabalhada para finalização de Josep Folques na ponta esquerda.

O Sporting continuava mais incisivo e viu-se em posição mais confortável quando Arnaud Bingo cometeu falta para livre de sete metros e o Benfica passou a ter duas unidades excluídas – Alexis Borges estava também de fora. A bola parada, convertida por Francisco Costa, valeu a primeira diferença de três golos de todo o encontro, 9-12.

O Benfica, ainda assim, não se entregou e, nos últimos segundos do primeiro tempo, reduziu para desvantagem de um golo (16-17) com golo de Paulo Moreno, seguido de defesa importante de Gustavo Capdeville ao soar da ‘buzina’, mantendo-se dentro da discussão do resultado à saída para intervalo.

Embaladas pelo seu público, as ‘águias’ alcançaram a igualdade (18-18) ainda no período inicial da segunda parte, mas a frescura de Mamadou Gassama, que não havia entrado na primeira parte e integrou a partida após o intervalo, contribuiu para que em cerca de três minutos os ‘leões’ repusessem a distância de três golos (18-21).

O Sporting ganhou novo ascendente e chegou a uma inédita diferença de quatro golos (18-22) através de contra-ataque executado por Salvador Salvador, e não mais os ‘verdes e brancos’ deixaram escapar este diferencial apesar das tentativas, infrutíferas, do Benfica em reaproximar-se no resultado.
Lusa