Numa verdadeira ‘maratona’ de quatro jogos em apenas 11 dias, a equipa das ‘quinas’ terá, no Estádio Benito Villamarín, muito provavelmente, o teste mais árduo de toda a fase de grupos, a par do último encontro da ‘poule’, novamente diante dos espanhóis, mas em Braga, em 27 de setembro.
Este duelo ibérico poderá ser mesmo crucial para ‘agarrar’ a primeira posição do grupo, a única que dá acesso à ‘final four’ da prova, cuja primeira edição foi conquistada pelos lusos, no Porto, em 2019.
Com tantos encontros num curto espaço de tempo, é provável que o selecionador português, Fernando Santos, faça algumas mudanças de jogo para jogo. Contudo, na quinta-feira, o ‘onze’ a apresentar será aquele que lhe dá mais garantias.
O guarda-redes Rui Patrício, um dos últimos a iniciar os trabalhos, perdeu a titularidade para Diogo Costa nos ‘play-offs’ de acesso ao Mundial2022, disputados em março, pelo que resta saber se o guardião da Roma recuperará o posto, após ter ajudado os romanos a conquistar a Liga Conferência Europa, ou se o jovem do FC Porto manterá a confiança do técnico.
No que à defesa diz respeito, apesar de Fernando Santos ter chamado os centrais de ‘raiz’ Domingos Duarte e David Carmo – este último estreante absoluto em convocatórias -, é muito provável que Danilo, médio de origem, faça, uma vez mais, companhia a Pepe no eixo defensivo, que estará privado de Rúben Dias, enquanto a lateral direita será entregue a João Cancelo e a esquerda a Raphaël Guerreiro.
Com Vítor Ferreira infetado com o coronavírus, haverá menos uma opção para o meio-campo, que poderá ser composto por Palhinha ou João Moutinho, Bruno Fernandes e Bernardo Silva.
No ataque, além do cativo ‘capitão’ Cristiano Ronaldo, Otávio parece ser uma aposta certa, face às duas boas prestações que obteve nos ‘play-offs’ com Turquia e Macedónia do Norte, sendo que a dúvida poderá recair entre Diogo Jota e Rafael Leão, que chega muito motivado à seleção principal, depois de ter sido considerado o melhor jogador do campeonato italiano, ao serviço do campeão AC Milan.
De fora da primeira jornada, vão ficar três atletas dos 26 convocados, visto que na ficha de jogo apenas podem constar 23 jogadores, sendo certo que Vítor Ferreira será um deles.
Do outro lado, Portugal encontrará uma formação comandada por Luís Enrique, que não poderá contar com dois jogadores influentes, Pedri e Mikel Oyarzabal, ambos devido a lesão, mas, por outro lado, tem nomes bem conhecidos à disposição, como os experientes defesas Azpilicueta, Carvajal e Jordi Alba ou os médios Busquets, Gavi, Rodri e Thiago Alcântara.
No ataque, as opções são igualmente de qualidade, com destaque para Pablo Sarabia, jogador que esta temporada serviu o Sporting por empréstimo dos franceses do Paris Saint-Germain, tendo sido um dos melhores jogadores da I Liga portuguesa.
Asensio, Dani Olmo, Morata e Ferran Torres são outras ‘armas’ que os espanhóis dispõem para alvejar a baliza lusa e tentarem igualmente saírem vitoriosos da estreia.
No Grupo 2 da Liga A, Portugal começa por defrontar a Espanha, na quinta-feira, em Sevilha, depois joga duas vezes em Alvalade, no domingo, com a Suíça, e em 09 de junho, com a República Checa, para, no dia 12, atuar em Genebra, no segundo embate com os helvéticos.
Depois destes quatro jogos, a formação das ‘quinas’ cumpre os últimos dois encontros em 24 e 27 de setembro, o primeiro na República Checa e o segundo em Braga, face aos espanhóis.
A formação das ‘quinas’, vencedora da primeira edição da Liga das Nações, em 2019, precisa de vencer o agrupamento para chegar à ‘final four’ da terceira edição, sendo que a segunda foi conquistada pela França, numa final com a Espanha, em 2021.
A fase final da Liga das Nações realiza-se de 14 a 18 de junho de 2023, com os vencedores dos quatro grupos da Liga A, enquanto os últimos classificados de cada um dos agrupamentos descem à Liga B.
Lusa