“Estou extremamente feliz. Entrei aqui com uma das piores marcas da lista e, de certa maneira, na última semana, cada vez mais tive esta mentalidade de ‘estou aqui sem peso nenhum’, estou aqui porque conquistei este lugar e vou aqui com uma das melhores sensações, que é vou desfrutar”, admitiu.
A atleta portuguesa foi quinta na terceira série das eliminatórias dos 1.500 metros, com um tempo de 04.04,42 minutos, bem abaixo do seu anterior recorde pessoal (04.06,04), assegurando que entrou com vontade “de viver este estádio, este ambiente”, algo que não conseguiu na sua estreia olímpica em Tóquio2020, disputado sem público devido à covid-19.
“Foi esta a minha sensação toda a prova. Vou arriscar, vou aqui, eu posso, eu consigo, eu sou capaz e consegui”, disse, visivelmente feliz, na zona mista do Stade de France.
Durante a corrida de hoje, Salomé Afonso tentou não ser “engolida” como em outras ocasiões, dizendo a si própria “hoje não pode ser, não aqui, porque são os Jogos Olímpicos”.
“Eu posso ir à frente, o ritmo não está nada extraordinário, eu sou mais do que capaz de ir à frente se quiser. Foi isso que eu fiz, tentei ao máximo colocar-me mais à frente possível, de vez em quando já se sabe, nós ganhamos uma posição, perdemos, andamos sempre um pouco nisto. Obviamente, acabamos por nos desgastar um bocadinho, mas tentei ao máximo não me desgastar muito. Tentei sempre recuperar a minha posição, guardar a minha posição e foi isso”, resumiu.
Há muito tempo a tentar baixar dos 04.06 minutos, que até já quase considerava uma maldição, Salomé Afonso acredita que os 04.04 “vão durar pouco tempo”, quem sabe só até à meia-final, marcada para quinta-feira.
“Sem dúvida, é para isso que aqui estamos [tentar baixar dos 04.04 na meia-final], para desfrutar e tirar o melhor de nós”, assumiu.
Lusa