A sociedade do clube tricolor, recém-promovido ao escalão principal, reagiu, em comunicado, à providência cautelar interposta na sexta-feira pelo Marítimo no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) contra a LPFP, devido ao licenciamento do Estrela da Amadora para a nova temporada.
“O Estrela foi licenciado pela Liga, que é autoridade para o efeito, com base nos pareceres da comissão de auditoria, que é independente”, assinalou a SAD do Estrela da Amadora, que se impôs ao Marítimo no play-off de manutenção/promoção da I Liga da época 2022/23.
A SAD do clube amadorense assinalou que “o Marítimo teve a sua oportunidade dentro de campo, ao longo de uma época desportiva em que não foi capaz de demonstrar que merecia estar na I Liga”, considerando que “a Madeira faz falta ao futebol português, mas não vale tudo para se conseguir os objetivos”.
O comunicado não responde especificamente às alegações efetuadas na providência cautelar pelo Marítimo, que defende que o capital social da SAD do Estrela da Amadora incumpre requisitos do novo Regime Jurídico das Sociedades Desportivas.
“Estamos a preparar-nos para fazer um bom campeonato na I Liga, esperamos que o Marítimo esteja a fazer o mesmo na preparação do seu campeonato [II Liga]”, indica a nota.
Com esta ação, o emblema madeirense procura impedir a presença do Estrela da Amadora nas competições profissionais, mesmo depois de os ‘tricolores’ terem sido licenciados pela LPFP, que incluiu o clube agora promovido ao principal escalão nos sorteios da I Liga e da Taça da Liga.
O primeiro jogo oficial previsto do Estrela da Amadora é no terreno do Portimonense, no dia 23 de julho, para a primeira fase da Taça da Liga, sendo que, na jornada inaugural do campeonato, prevista para o fim de semana de 12 e 13 de agosto, o clube lisboeta recebe o Vitória de Guimarães.
O Marítimo estreia-se na Taça da Liga em 22 de julho, em Vizela, antes de iniciar a II Liga na casa do rival Nacional.
O novo Regime Jurídico das Sociedades Desportivas foi aprovado pelo Governo, em janeiro último, e, mais recentemente, em junho, pela Assembleia da República.