Durante o jantar do 108.º aniversário do clube, Rui Alves defendeu que há uma diferença de 35 milhões de apoios e disse o seu homólogo do Marítimo, Carlos Pereira, "entende que a mentira muitas vezes dita transforma-se em verdade".
"É muito fácil chegar a essa conclusão, no que diz respeito às contas", disse Rui Alves, acrescentando que "18 milhões de euros em Santo António [no complexo do Marítimo], um estádio avaliado em 16 milhões, mais 31 milhões, são 65 milhões" de financiamento público.
Rui Alves subliunhou que em relção ao Nacional "não chegará bem a 30 milhões" e há por isso "uma desigualdade de 35 milhões" no que concerne aos apoios concedidos pelo Governo Regional, empregues nas instalações desportivas dos dois emblemas madeirenses.
O presidente do Nacional afirmou que "o financiamento público às infraestruturas desportivas tem a ver com o interesse público da atividade desenvolvida pelos clubes", concluindo que o financiamento às infraestruturas do Nacional "têm a particularidade de serem destinadas exclusivamente ao desporto".
Referindo-se uma vez mais ao Marítimo, Alves adiantou que "a única escola privada da Madeira, construída com dinheiros públicos, um ginásio que nada tem a ver com a atividade intrínseca do clube para exploração comercial com financiamento público, um edifício de escritórios, lojas, e o maior restaurante de estádio do país, com investimento público, não são infraestruturas ligadas à atividade desportiva e têm de ser pagas pelo clube como se de uma entidade privada se tratasse".
"Gostaria de ver se não é o Governo Regional e a escola que paga a água e a luz do complexo do Marítimo. Isto seria resolvido, se calhar, com um curso de formação cívica para o presidente do Marítimo", afirmou.
Em termos desportivos, o líder dos ‘alvinegros’ considerou que se a equipa "conseguir vencer no domingo o Boavista [em jogo da I Liga] será sem dúvida um excelente presente de aniversário".
LUSA