Cristiano Ronaldo é, desde 2016, o jogador com mais encontros disputados em fases finais do Europeu de futebol, ao totalizar 21 jogos, registo que se prepara para reforçar no Euro2020.
Titular indiscutivelmente da seleção lusa, aos 36 anos, o atual jogador da Juventus não tem concorrência neste ‘departamento’, pois nenhum dos seis jogadores que o secundam na lista vai estar em 2021 na 16.º edição.
O já retirado alemão Bastian Schweinsteiger ocupa o segundo lugar, com 18 jogos, enquanto o guarda-redes italiano Gianluigi Buffon, companheiro de equipa de Ronaldo na ‘velha senhora’, fecha o pódio, com 17.
O perigo mais próximo, para Ronaldo, viria de dois jogadores que fazem parte do quinteto que segue no oitavo lugar do ‘ranking’, com 15 jogos, mas acontece que esses futebolistas também são da seleção lusa: Pepe e João Moutinho.
Desta forma, e porque do ‘top 10’ de presenças apenas o trio luso estará no Euro2020, é possível que, no final da competição, o pódio fique preenchido na totalidade com jogadores da formação das ‘quinas’.
No topo, bem destacado, ficará, certamente, Cristiano Ronaldo, que vai para uma inédita quinta presença numa fase final, sendo que, nas quatro anteriores, só falhou um dos 22 jogos da seleção das ‘quinas’.
Em 2004, com 19 anos, participou em todos os seis encontros da formação lusa, os dois primeiros como suplente utilizado, face à Grécia (1-2), jogo de estreia em que marcou o golo de Portugal, e à Rússia (2-0).
O brasileiro Luiz Felipe Scolari colocou-o, então, no ‘onze’, em desfavor de Simão, pelo que foi já nessa condição que defrontou a Espanha (1-0), no fecho da fase de grupos.
Cristiano Ronaldo manteve, depois, a titularidade até final, face à Inglaterra (6-5 nos penáltis, após 2-2 nos 120 minutos), nos ‘quartos’, aos Países Baixos (2-1), nas ‘meias’, e novamente à Grécia, na final (0-1).
Na edição de 2008, o avançado luso disputou apenas três encontros, os dois primeiros da fase de grupos, com Turquia (2-0) e República Checa (3-1), e o embate dos quartos de final com a Alemanha, ‘carrasca’ de Portugal (2-3).
Pelo meio, e com Portugal já apurado para os ‘quartos’, Ronaldo foi poupado por Scolari no terceiro jogo da fase de grupos, face à coanfitriã Suíça (0-2). Esse é ainda o único embate de Portugal que falhou nas últimas quatro edições.
Em 2012, foi mesmo totalista, pela primeira e única vez, ao cumprir, na íntegra, os 480 minutos disputados pela formação nacional – dividiu o estatuto com Rui Patrício, João Pereira, Pepe, Bruno Alves, Fábio Coentrão e João Moutinho.
Ronaldo disputou os 90 minutos face a Alemanha (0-1), Dinamarca (3-2) e Países Baixos (2-1), na fase de grupos, e República Checa (1-0), nos quartos de final, para, depois, jogar os 120 perante a Espanha, vencedora nos penáltis (4-2).
No Europeu de 2016, Ronaldo foi titular nos sete encontros, mas, desta vez, não conseguiu o pleno dos 720 minutos, apenas ostentados por Rui Patrício, por culpa de uma lesão que só lhe possibilitou jogar os primeiros 25 da final.
Ainda assim, e com 625 minutos, foi o quarto jogador luso mais utilizado, perdendo apenas para Patrício, Nani (706 minutos) e Pepe (630).
Depois da estreia com a Islândia (1-1), Ronaldo igualou o então duo de líderes, o guarda-redes holandês Edwin van der Sar e o defesa francês Lilian Thuram, ao segundo encontro, ao somar o 16.º jogo em Europeus face à Áustria (0-0).
No terceiro encontro da fase de grupos, face à Hungria (3-3), o ‘capitão’ luso isolou-se na liderança da tabela, algo que ‘comemorou’ com um ‘bis’.
Até ao final, da prova, Cristiano Ronaldo aproveitou o ‘mata mata’, face a Croácia (1-0 após prolongamento), nos ‘oitavos’, Polónia (5-3 nos penáltis, após 1-1 nos 120 minutos), nos ‘quartos’, País de Gales (2-0), nas ‘meias’, e França (1-0 após prolongamento), na final, para se distanciar.
Como ‘capitão’ teve a honra de ser o primeiro a levantar a taça ‘conquistada’ por Éder, depois de fechar o Euro2016 com 21 jogos, pecúlio que se prepara para reforçar no Euro2020.