Titus Ekiru, de 31 anos, que em 2019 venceu a meia maratona disputada em Lisboa – cuja versão popular atravessa a ponte Vasco da Gama –, fixando o ainda recorde da prova em 01:00.12 horas, detém o sexto melhor registo de sempre na maratona, com a vitória em Milão, em Itália, em maio de 2021, com o tempo de 02:02.57.
Ekiru, que não compete internacionalmente desde novembro de 2021, igualou, então, o registo de Denis Kimetto, em 2014, então recorde do mundo da maratona, batido, entretanto, duas vezes, pelo queniano Eliud Kpichoge, em 2018 e 2022.
Entre os melhores de sempre na maratona, o queniano agora suspenso só fica atrás dos seus compatriotas Kipchoge (02:01.09, em 2022) e Kelvin Kiptum (02:01.25, em 2023), e dos etíopes Kenenisa Bekele (02:01.41, em 2019), Berhaunu Legesse (02:02.55, em 2019) e Mosinet Geremew (02:02.55, em 2019).
Ekiru teve um controlo positivo a triamcinolona acetonida – um glucocorticoide totalmente proibido desde janeiro de 2022 – e ao opioide petidina. Sem divulgar a data da ou das recolhas, a AIU anunciou a suspensão provisória do atleta desde 28 de junho de 2022.
O Quénia e os seus atletas de meio-fundo e fundo são responsáveis por inúmeros casos de doping nos últimos anos.
A AIU, responsável pelos testes e inquéritos antidoping no atletismo desde 2017, denunciou em abril último um sistema de dopagem de larga escala no país africano, “cada vez mais bem organizado”, com o “envolvimento de pessoas detentoras de experiência médica”.
Lusa