A última prova do campeonato, anteriormente denominada Rali Clube 100 à hora, ganhou nova designação passando desde hoje a Rali Faial – Santana.
Aliás, o responsável máximo da autarquia foi muito claro referindo que a Câmara continua a apoiar, como tem acontecido num passado recente. E está disponível para em 2024 ajudar nas despesas para a introdução no figurino do rali da classificativa Cabanas – São Jorge, para proporcionar uma novidade à prova.
Em 2020 a autarquia apoiou com 11 mil euros, a organização recebeu 9 mil por força das despesas apresentadas. No ano seguinte foram 10 mil euros de apoio, a organização recebeu 7 mil decorrentes das despesas apresentadas.
Em 2022 foram disponibilizados 12.500 euros de apoio, que o Clube 100 à hora recebeu na totalidade correspondendo às despesas apresentadas.
A organização fez saber ao Município que este ano necessitava de 15 mil euros para levar o rali para a estrada, porque outros patrocinadores, alegadamente, deixaram a organização com promessas e sem verba.
A RTP sabe que, por exemplo, a Junta de Freguesia do Faial e a Casa do Povo do Faial não receberam qualquer tipo de pedido de apoio para a edição de 2023 do rali.
Neste cenário o clube 100 à hora comunicou ao Município que não consegue fazer face às despesas para levar o rali para a estrada como o mesmo figurino de 2022.
Assim o rali será composto por 2 especiais de classificação, Santana com 14,21 kms e Faial com 7,75 kms, que as equipas vão percorrer por três vezes cada, totalizando 6 classificativas.
A prova perde as duas habituais classificativas espetáculo no Kartódromo do Faial, uma na sexta-feira à noite, que abria o rali atraindo milhares de espectadores todos os anos, e outra no sábado à tarde que era a classificativa de fecho do evento.
Contactado pela Antena 1 Madeira, Emanuel Pereira responsável pela organização não quis adiantar grandes detalhes. Revelou que já foi enviado o regulamento do rali para a FPAK para ser analisado e só depois de aprovado é que estará disponível para mais declarações.
A RTP contactou Rui Abreu, presidente da Associação de Karting da Madeira, entidade responsável pelo Kartódromo do Faial, que se mostrou surpreendido com a decisão e lamenta a não realização da classificativa, um ex-libris do rali e mesmo do campeonato. Uma enorme festa tendo em conta as milhares de pessoas que assistem todos os anos.
Assim, Rui Abreu fez saber ao presidente da Comissão Organizadora do rali, Emanuel Pereira, que face à não existência das habituais “super especiais” no Kartódromo, classificativa que se realiza desde a primeira edição do Rali do Faial, a organização não tem autorização para utilizar o espaço como parque de assistências.
A AKM tem cedido o espaço a título gratuito ao Clube 100 à hora para os carros competirem em pista, o que tem vindo a proporcionar, ao longo dos anos, grandes momentos de espetáculo.
A utilização da pista apenas como parque de assistências não é viável.
Até porque a AKM tem de ceder o Kartódromo para a prova desde quarta-feira até à segunda-feira seguinte, ficando impossibilitada nesse período de permitir a utilização da pista para treinos das equipas de karting ou dos karts de aluguer.
Rui Abreu sublinhou à RTP: “no meu entender como adepto de automobilismo acho que o clube organizador devia procurar, com diálogo, soluções para que continue a existir a classificativa no Kartódromo do Faial”.
A organização terá assim de procurar outra solução para o parque de assistências, tendo recebido a sugestão de utilizar como alternativa os parques de estacionamento localizados abaixo da pista de karting do Faial.
A prova acontece nos dias 3 (verificações administrativas e técnicas) e 4 de novembro.