"Sinto que ele está com dificuldades e que precisará de ser ajudado e isso não significa impor o quer que seja. Ou todos nós ajudamos, ou estamos perante um facto quase consumado. Esperava mais em termos de espetáculo, esperava mais de equipa, esperava mais pontos, mas não temos e há que analisar porque não temos", admitiu, em declarações no complexo desportivo do clube, em Santo António.
Ainda assim, Nuno Manta continua à frente do comando técnico dos ‘verde rubros’ e Carlos Pereira privilegia o diálogo tranquilo.
"Não se deve decidir coisas a ‘quente’, porque, se o fizemos, fica o caldo entornado. Deixo sempre arrefecer os ânimos e depois, calmamente, o diálogo tem sido sempre a minha forma de gerir e de estar, porque só assim se pode levar o barco a bom porto", salientou.
O presidente do Marítimo foi o alvo principal das críticas dos adeptos no final da partida com o Belenenses SAD, que ditou um desaire por 3-1, o que levou a uma reação por parte do dirigente.
"A contestação é perfeitamente normal, desde que seja feita com elevação. Por norma, faço o melhor que sei e que posso, que é acompanhado de departamentos profissionais. Nem tudo corre como nós pensamos e idealizamos. Agora, estamos para gerir da melhor forma. Estou perfeitamente descansado e tranquilo", comentou.
Carlos Pereira lembrou que o Marítimo tem tido "mais sucesso do que insucesso" e deu o exemplo das instalações e dos 34 anos seguidos no principal escalão.
Em relação às contestações que surgiram após a entrevista de Carlos Pereira ao Canal 11 sobre as claques, o presidente maritimista defende que as suas declarações foram retiradas do contexto e frisou que não suporta ver adeptos "enjaulados".
"O presidente do Marítimo nunca pode assumir que tem claques. Tem grupos organizados, o que é uma coisa diferente. Os grupos de adeptos animam e muito o estádio, são bem-vindos, desde que não venham prejudicar o clube em situações de coimas financeiras que se vão acumulando e multiplicando e que nada beneficiam", acrescentou.
C/ LUSA