A seleção portuguesa de futebol somou esta terça-feira o 12.º jogo consecutivo sem perder em fases finais do campeonato da Europa, depois de vencer a Hungria por 3-0, em Budapeste, na estreia no Euro2020.
Depois do desaire por 1-0 na estreia no Euro2012 com a Alemanha, que vai reencontrar no sábado, na segunda jornada do Grupo F, em Munique, Portugal não mais perdeu um encontro nos 120 minutos, somando sete vitórias e cinco empates.
Sob o comando de Paulo Bento, Portugal começou o Europeu de 2012 com uma derrota, habitual, com os germânicos, vencedores por 1-0, graças a um golo de Mario Gómez, aos 72 minutos, num embate disputado em Lviv, em 09 de junho.
A série de invencibilidade começou quatro dias depois, no mesmo local, com uma difícil vitória por 3-2 sobre a Dinamarca, conseguida graças a um golo de Silvestre Varela já muito perto do fim, aos 87 minutos.
Portugal chegou a 2-0, com tentos de Pepe (24 minutos) e Hélder Postiga (36), mas permitiu que os nórdicos chegassem ao empate, com um ‘bis’ de Nicklas Bendtner (41 e 80).
No terceiro jogo da fase de grupos, em Kharkhiv, os Países Baixos ainda estiveram a vencer, com um tento de Rafael van der Vaart (11 minutos), mas um ‘bis’ de Cristiano Ronaldo (28 e 74) selou a reviravolta e o apuramento luso.
Nos quartos de final, em Varsóvia, foi, de novo Ronaldo a revolver, com um cabeceamento junto à relva, aos 79 minutos, que derrotou a República Checa (1-0).
Como em 1984, 2000 e 2004, Portugal chegou às meias-finais, nas quais acabou por ‘cair’, em Donetsk, mas só no desempate por penáltis (2-4), depois de 120 minutos sem golos, face à Espanha, então campeã mundial e europeia em título.
A série de invencibilidade prosseguiu quatro anos depois, em Saint-Étienne, com um empate a um golo face à Islândia, na estreia no Euro2016: Nani adiantou os comandados de Fernando Santos, aos 31 minutos, com Birkir Bjarnason a empatar, aos 50.
Novo jogo, nova igualdade, agora a zero, face à Áustria, no Parques dos Príncipes, onde Ronaldo falhou um penálti, antes de se redimir com um ‘bis’ à Hungria (3-3), em Lyon, onde Nani também marcou, num jogo em que os magiares lideraram por 1-0, 2-1 e 3-2.
Portugal seguiu para os ‘oitavos’ e logrou face à Croácia, em Lens, o primeiro triunfo (1-0), selado mesmo sobre o final do prolongamento, aos 117 minutos, por Ricardo Quaresma.
Nos quartos de final, em Marselha, a equipa lusa começou, praticamente, a perder com a Polónia, culpa de um tento de Robert Lewandowski, logo aos dois minutos, mas Renato Sanches empatou, aos 33, e, depois, Portugal prevaleceu na ‘lotaria’ (5-3).
Finalmente, ao sexto jogo no Euro2016, em Lyon, a seleção lusa conseguiu um triunfo nos 90 minutos, batendo nas meias-finais o País de Gales por 2-0, com tentos de Ronaldo e Nani.
Na segunda final, 12 anos depois, agora no papel inverno, a jogar perante a equipa anfitriã – em 2004 perdeu na Luz com a Grécia -, Portugal venceu a França por 1-0, após prolongamento, graças a um golo do ‘herói’ Éder, aos 109 minutos.
Em Saint-Denis, no Stade de France, a seleção das ‘quinas’ conseguiu a mais importante vitória da sua história e somou o 11.º jogo de invencibilidade em Europeus.
Cinco anos volvidos, Portugal prolongou a série, colocando-a em 12 jogos, ao bater a Hungria por 3-0, graças a três golos sobre o final, de Raphaël Guerreiro (84 minutos) e Cristiano Ronaldo (87, de penálti, e 90+2), todos com o ‘selo’ de Rafa.
O próximo desafio à invencibilidade está marcado para sábado, face à Alemanha, precisamente a equipa face à qual Portugal sofreu o último desaire. O embate está marcado para sábado, pelas 18:00 locais (17:00 em Lisboa), no Allianz Arena, em Munique.