Precisamente no dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, eram 20:50 (19:50 em Lisboa) quando o autocarro caracterizado a rigor, que transportou a seleção nacional desde o aeroporto, chegou ao hotel em que a comitiva lusa vai ficar instalada durante a fase de grupos, na Ilha Margarida, em pleno rio Danúbio.
Apesar das dificuldades criadas pela polícia húngara aos jornalistas portugueses que se encontravam no local, foi possível perceber que o selecionador Fernando Santos foi o primeiro a sair do autocarro, ainda antes dos elementos que fazem a segurança da seleção nacional.
Junto à unidade hoteleira estavam já vários portugueses equipados a rigor, fosse com as cores lusas ou do FC Porto, prontos para dar as boas-vindas à ‘equipa das quinas’, perante o olhar atento de alguns locais que se exercitavam, enquanto tentavam perceber qual o motivo de tanto alvoroço.
“Pouco importa, pouco importa se jogamos bem ou mal, vamos é levar a taça para o nosso Portugal”, entoaram os adeptos, recordando o cântico que se tornou célebre na caminhada triunfal da seleção portuguesa no Euro2016, em França.
Com tantos portugueses juntos, não faltou, obviamente, o hino nacional, para compor a ‘banda sonora’ de receção aos jogadores que vão defender o estatuto conquistado há cinco anos.
“Foi uma receção calorosa. Temos uma comunidade que até é bastante grande aqui [Budapeste]. Temos uma seleção com tanta qualidade, com bons jogadores e acho que toda a gente na cidade está confiante, quer ver a seleção a ganhar. De certeza que vai ganhar”, revelou, à agência Lusa, o português Marco Campos, que reside na capital magiar há quatro meses.
O jovem, de 23 anos, natural de Vila Nova de Famalicão e estudante de Comunicação Social, perspetivou eventuais dificuldades que a equipa campeã da Europa poderá vir a ter no Grupo F e deu conta do estado de espírito do povo húngaro.
“Os húngaros aqui não têm estado muito confiantes com o grupo. Tem noção da equipa que têm, mas estão com alguma confiança por jogarem em casa, têm que estar. Querem dar toda a força. Quando falamos da França, já é um bocadinho mais problemático. E a Alemanha não está tão bem como estava em outros anos. Mas acho que, por tudo o que tem demonstrado, Portugal tem tudo para vingar”, revelou.
Portugal, que é o detentor do troféu, integra o grupo F do Euro2020, juntamente com Hungria, Alemanha e França, tendo estreia marcada na competição para terça-feira, dia 15 de junho, diante dos húngaros, em Budapeste, antes de defrontar os germânicos, em 19 de junho, em Munique, e os franceses, em 23 de junho, novamente na capital magiar.
O Euro2020, que foi adiado para este ano devido à pandemia de covid-19, realiza-se em 11 cidades de 11 países diferentes, entre sexta-feira e 11 de julho.