Portugal fica no 22.º lugar do quadro de medalhas e em 26.º no quadro de pontos, com 16, em melhoria face aos registos dos anos mais próximos.
Claramente em alta face a Doha2019, os lusos pontuaram nos oito primeiros também com Patrícia Mamona (oitava no triplo), Liliana Cá (quinta no disco) e Auriol Dongmo (sexta no peso).
Com 16 pontos, a delegação portuguesa supera os 13 do Qatar e fica em linha com os 17 de Londres2017, o melhor registo dos últimos 10 anos. Os 34 pontos de Atenas’97, que valeram o 14.º lugar, parecem ‘inalcançáveis’ para uma equipa envelhecida a nível de atletas de topo.
Pedro Pichardo, com 29 anos, é o único dos ‘ases’ que não entrou na década dos 30: Mamona tem 33, Cá 35 e Dongmo 31.
Na marcha, Ana Cabecinha, que pela sexta vez consecutiva entrou nas dez primeiras, tem 38 anos. E os medalhados em edições anteriores, João Vieira e Inês Henriques, estão com 42 e 46 anos, respetivamente.
Pela primeira vez, Portugal apresentou-se sem um atleta que fosse para as maratonas. Nas 17 edições anteriores, sempre houve maratonistas, destacando-se os ouros de Rosa Mota e de Manuela Machado.
Mesmo no meio-fundo, a renovação parece incerta, com Eugene a ver, no entanto, Mariana Machado bater o recorde pessoal nos 5.000 metros, nacional de sub-23, e entrar no top-10 luso de sempre. O caso filha da antiga atleta olímpica Albertina Machado destaca-se pela positiva num setor que já não é o destaque na seleção.
Agora, estão em alta os saltos e lançamentos.
Pichardo igualou o registo de Évora e Mamona repetiu a posição de há três anos. Pela primeira vez, Portugal teve dois homens na final do triplo, com Tiago Pereira a ser 10.º.
No lançamento do disco, Liliana Cá igualou a sexta posição de Teresa Machado, enquanto que Auriol Dongmo levou Portugal à final do lançamento do peso pela primeira vez.
Nota ainda para a sequência invulgar de participações de João Vieira que, entre 1999 e 2022, soma 12 Mundiais. Melhor que ele, com 13, só outro marchador, o espanhol Jesus Angel Garcia.
A 18.ª edição dos campeonatos do mundo de atletismo terminou domingo, em Eugene, no estado norte-americano do Oregon, onde Portugal voltou a conquistar uma medalha de ouro, cinco anos depois do triunfo de Inês Henriques, nos 50 km marcha.
Em Doha2019, apenas João Vieira subiu ao pódio, ao arrebatar a prata nos entretanto extintos 50 km marcha.
No sábado, Pichardo conquistou a sétima medalha de ouro para Portugal, juntando-se a Rosa Mota e Manuela Machado (maratona), Fernanda Ribeiro (10.000 metros), Carla Sacramento (1.500 metros), Nelson Évora (triplo salto) e Inês Henriques (50 km marcha), e a 23.ª no total – a quinta no triplo, depois das quatro de Nelson Évora.