Na Xiaomi Arena, em Riga, a formação comandada por Mário Gomes teve o mérito de fazer os germânicos duvidar, já que, após 30 minutos, apenas um ponto separava o terceiro FIBA, o campeão do Mundo, do 56.º, um conjunto que nunca esteve num Mundial.
Os 33-7 dos derradeiros 10 minutos ‘distorcem’ o equilíbrio dos primeiros 30 (52-51), durante os quais a formação das ‘quinas’ esteve muitas vezes em vantagem e deixou os germânicos, incapazes de acertar um ‘triplo’, muito desconfortáveis.
Portugal conseguiu ‘assustar’ os alemães e fê-lo em mais um jogo em que não esteve assertivo nos ‘tiros’ de campo (30% – 20 em 66), com dois em 13 de Rafael Lisboa, dois em oito de Diogo Brito, três em nove de Travante ou um em seis de Miguel Queiroz.
Neemias Queta, com 18 pontos e 11 ressaltos, foi o melhor dos portugueses, que, desta vez, estiveram muito bem da linha de lance livre (12 em 14).
Por seu lado, os também ‘NBA’ Dennis Schröder e Franz Wagner lideraram os alemães, ambos com 16 pontos, mais um do que Isaac Bonga, que juntou sete ressaltos.
Sem Diogo Ventura, que saiu lesionado do jogo com a Estónia e não recuperou, Lisboa voltou ao ‘cinco’ de Portugal, que entrou personalizado, assertivo e conquistou, num ápice, uma vantagem de cinco pontos (2-7).
A formação das ‘quinas’ não conseguiu, porém, manter o ritmo, esteve quase quatro minutos sem marcar, e os germânicos já terminaram o período inicial com mais cinco pontos (17-12).
Mas, Portugal não se foi abaixo, muito pelo contrário, e, com grande determinação, voltou à carga, conseguindo, com um parcial de 14-4, virar o jogo ao ‘contrário’ (21-26), obrigando o espanhol Alex Mumbru a pedir um minuto de desconto.
Com 3.46 minutos para jogar, os germânicos fizeram uma pressão a todo o campo, pouco ‘meiga’ e voltaram para a frente (27-26), mas a equipa lusa adaptou-se ao novo cenário e, com uma naturalidade pouco previsível, chegou a meio na frente (31-32).
Portugal liderava, mesmo tendo apenas 33% nos ‘tiros’ de campo (12 em 36), contra os 36% dos germânicos (13 em 36), incluindo uns ‘desastrados’ 4% nos ‘triplos’ (um em 18).
Depois de um cesto inicial de Neemias (31-34), a Alemanha, com pressão a campo inteiro e aproveitando erros lusos, voltou, uma vez mais, para a frente (37-34), só que a equipa lusa continuava a responder à altura e logrou nova liderança (39-40).
A 3.41 minutos do fim do terceiro período, a Alemanha liderava por um (44-43), mas, finalmente, acertou dois ‘triplos’, e ganhou a maior vantagem até então (52-43).
Os germânicos terão pensado que estava feito, mas não: a resposta portuguesa veio em forma de oito pontos consecutivos, que recolocaram a distância em apenas um (52-51), com Diogo Gameiro a marcar em ‘cima’ da ‘buzina’.
O início do quarto período acabou por ser decisivo, porque a Alemanha começou, finalmente, a acertar ‘triplos’ e a diferença ‘disparou’ para 14 pontos (66-51). Portugal começou a fraquejar, sonho perdido, e a diferença subiu até aos 27 finais.
Jogo na Xiaomi Arena, em Riga.
Alemanha – Portugal, 85-58.
Ao intervalo: 31-32.
Sob a arbitragem do espanhol Antonio Conde, do búlgaro Martin Horozov e do croata Martin Vulic, as equipas alinharam e marcaram:
– Alemanha: Dennis Schröder (16), Andreas Obst (5), Franz Wagner (16), Isaac Bonga (15) e Daniel Theis (8) – cinco inicial. Jogaram ainda Tristan da Silva (11), Johannes Thiemann, Maodo Lo (12), Oscar da Silva (2) e Justus Hollatz.
Selecionador: Alex Mumbru.
– Portugal: Rafael Lisboa (4), Travante Williams (8), Diogo Brito (5), Miguel Queiroz (2) e Neemias Queta (18). Jogaram ainda Diogo Gameiro (7), Francisco Amarante (5), Daniel Relvão (4), Cândido Sá (5), Nuno Sá e Vladyslav Voytso.
Selecionador: Mário Gomes.
Marcha do marcador: 7-7 (05 minutos), 17-12 (primeiro período), 21-22 (15), 31-32 (intervalo), 42-40 (25), 52-51 (terceiro período), 67-54 (35) e 85-58 (resultado final).
Assistência: 2.316 espetadores.
Lusa