Ao segundo ensaio, o atleta de 29 anos fez 17,50 metros, superiorizando-se claramente ao italiano Andrea Dallavalle, campeão europeu sub-23 em 2021, por 46 centímetros, e ao francês Jean Marc Pontvianne, por 56 centímetros, medalhas de prata e bronze, respetivamente.
Tiago Pereira conseguiu acesso aos três últimos saltos com 16,59, o oitavo lugar, melhorando posteriormente apenas um centímetro, pelo que terminou nessa posição. Ao quinto e sexto ensaios arriscou tudo e aterrou perto dos 17 metros, na zona do pódio, mas ambos foram nulos.
Com 17,95 como melhor marca do ano, que há três semanas lhe valeram o ouro mundial em Eugene, Estados Unidos, Pichardo apresentou-se em Munique como claro favorito, uma vez que tinha 75 centímetros de ‘avanço’ para o rival alegadamente mais ameaçador, o italiano Emmanuel Ihemeje, com 17,20 em 2022, e que até falhou a presença nos três saltos finais.
“Vim cá para ganhar a medalha de ouro”, disse Pichardo, depois dos 17,36 metros ao segundo ensaio das qualificações, e a verdade é que, se no primeiro ensaio atingiu os 17,05 metros – fez sinal ao pai, seu treinador, que sabia o que tinha a melhorar -, no segundo, calibrou o último apoio (a 4,7 centímetros) e voou a 17,50 metros, logo aí acabando com as dúvidas quanto ao título.
A partir daqui, era uma luta contra si próprio, ser o primeiro português a ultrapassar os 18 metros, algo que só conseguiu enquanto competia por Cuba, nomeadamente 18,08.
Fez um nulo ao terceiro ensaio e deu-se ao luxo de prescindir do quarto e do quinto saltos, para apostar tudo no definitivo, no qual fez novamente nulo.
A segunda edição dos campeonatos Europeus multidesportos está a decorrer em Munique até domingo e reúne nove modalidades, estando Portugal representado em sete, nomeadamente atletismo, canoagem, ciclismo, ginástica artística, remo, ténis de mesa e triatlo.
A seleção portuguesa conquistou três medalhas até ao momento, duas de ouro, através de Pedro Pablo Pichardo no triplo salto, e do ciclista Iúri Leitão, no scratch, no ciclismo de pista, e uma de prata, por Auriol Dongmo, no lançamento do peso.