Quem não se recorda das estradas apinhadas de adeptos para ver o evoluir deste e de outros carros míticos, os monstros do Grupo B.

Portugal não foi exceção zonas como Arganil e Fafe geraram imagens que a memória continua a recordar.

Nessa altura a relação peso/potência destes carros tinha valores estonteantes.

O carro nasceu em Inglaterra em 1986 tinha cerca de 400 cv, 1800 cc, caixa de 5 velocidades e apenas 1050 kilos de peso.

O motor vinha do Ford Escort RS1700T, um projeto que a fabricante acabou por abandonar em 1984 em detrimento do RS 200.

A estreia do carro no Campeonato do Mundo de ralis foi no Rali da Suécia de 1986.

Em Portugal o carro tem história, o Ford RS 200 foi utilizado pela Diabolique Motorsport durante a época de 1986, com dois chassis. Ao longo da época conquistaram 5 vitórias no campeonato, mas acabaram por não conquistar o título.

Foi nesse ano que o carro passou pela Região, no Rali Vinho Madeira.

Tem também um episódio negro, em o Ford RS 200 da Diabolique Motorsport, a bordo Joaquim Santos e Miguel Oliveira que se despistaram no troço da Lagoa Azul do Rali de Portugal, provocando três mortos e três dezenas de feridos, contribuindo para o fim dos ‘supercarros’ no Mundial.

Na altura muitos pilotos já manifestavam o seu enorme receio de um acidente poder acontecer, pois eram carros com muita potência e por vezes impossíveis de dominar.

O acidente que ditou em definitivo o fim de Grupo B no Mundial de Ralis, foi o acidente fatal de Henri Toivonen e Sergio Cresto no Rali da Córsega de 1986.

O Ford RS 200 da Diabolique Motorsport, é uma das figuras de cartaz do  “Rally Madeira Legend” e vai estar a competir nas estradas madeirenses de 17 a 18 de abril.